RESENDE
No último dia 8 de novembro, fiscais do Conselho Regional de Educação Física (CREF1) realizaram a operação Hércules com o objetivo de flagrar o exercício ilegal de profissional de Educação Física feita por pessoas ao oferecer orientação de exercícios físicos sem ter a qualificação e licença necessária.
Em Resende o flagrante aconteceu em um projeto social no Parque Tobogã, no bairro Vila Julieta onde, de acordo com os fiscais, um leigo ministrava aula de treinamento funcional para 40 alunos. A pessoa então flagrada, chama-se Carlos Macedo, que procurou a redação da A VOZ DA CIDADE para dar sua versão do ocorrido.
Por telefone, Macedo disse que é professor de artes marciais a mais de 20 anos. Segundo ele, o treinamento que oferece no projeto chama-se Crossart e que, apesar de sua formação em artes marciais o credenciar a dar aulas, não é ele o professor do projeto e orientador dos alunos. “O professor é o Geovani que é credenciado e estava no local no momento da fiscalização. Mesmo assim os fiscais não aceitaram os nossos argumentos dizendo que eu é que estava orientando os alunos. O que é uma mentira”, afirma o lutador que classificou a ação dos fiscais como arbitrária e movida por denúncias sem fundamento. “Uma atitude que prejudica os alunos e mancha a imagem de um projeto social sério e sem fins lucrativos que inclusive está ajudando a movimentar o Parque que antes era tomado por usuários de drogas”, observou.
Carlos Macedo explicou ainda que como um dos responsáveis pelo projeto ajuda apenas na montagem do circuito de exercícios que é feito na quadra de areia Parque.
Cref1 reitera o exercício ilegal
A pedido da redação, o Conselho Regional de Educação Física (Cref1) enviou uma nota onde reitera que em atendimento a diversas denúncias recebidas, os fiscais do Conselho flagraram o Carlos Macedo atuando como se profissional de educação física fosse, ministrando atividade de Treinamento Funcional para aproximadamente 40 pessoas, no Parque Tobogã, em Resende, conforme consta no Termo de Fiscalização lavrado pelos fiscais e entregue a ele. A nota informa ainda que durante a abordagem, que durou quatro horas, “nenhum profissional de Educação Física registrado no CREF1 apresentou-se aos fiscais como responsável pela atividade de treinamento funcional nem mesmo na delegacia para onde o denunciado foi encaminhado”.
Na nota, o Cref1, ressalta ainda que Carlos Macedo anteriormente já havia sido flagrado na mesma situação e recebeu a orientação de que somente um profissional de Educação Física, devidamente registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF1), poderia ministrar determinada atividade. “Por não possuir o registro exigido pela Lei Federal 9.696/98, o caso foi enquadrado no artigo 47 da Lei de Contravenções Penais 3688/41 e será encaminhado ao Ministério Público para o prosseguimento regular do processo em razão do exercício ilegal de profissão”, informou a nota.