BARRA MANSA
Inaugurado há seis meses em Barra Mansa, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, o Centro de Atendimento LGBTQIA+ tem como uma das principais demandas, nesse período, a procura por requalificação civil, que é um processo para emissão de novos documentos com o nome e o gênero com o qual a pessoa se identifica e que a permite ter o nome de registro retificado em seus documentos de forma permanente.
De acordo com o diretor de Proteção Social Especial, Thiago Félix, além desta demanda, outro atendimento muito procurado no setor é com relação a providências sobre violações de direitos, tanto de usuários do centro, como também de seus familiares.
“Com relação as requalificações é importante a gente ressaltar que qualquer pessoa que se identifica como pessoa trans pode fazer esse processo. Nós já temos mais de 20 processos que deram entrada no Fórum e o gênero que mais procura são homens trans. Nesses seis meses de funcionamento do centro, acho que a grande conquista foi alcançar espaços que antes não eram conquistados e a viabilização de direitos ficou de uma forma mais qualificada e, com isso, estamos conseguindo garantir direitos sem adentrando”, ressaltou o diretor.
De acordo com ele, outra iniciativa do espaço que teve grande visibilidade são as ações de conscientização sobre homotransfobia nas redes públicas e também nas redes privadas. “A conscientização homotransfobia é a palavra que a gente usa para falar sobre homofobia, só que também incluído pessoas trans. Então a gente dá palestra para as empresas públicas e privadas sobre o direito da população LGBTQIA+, esclarece sobre o que é homofobia e o que é transfobia. A homotransfobia é a junção da homotransfobia ou da homotransfobia e da transfobia, aí a gente só coloca homotransfobia para intitular melhor”, explicou.
Procurando aumentar ainda mais o apoio e suporte a essa população, o centro firmou uma parceria com as equipes da Atenção Primária à Saúde, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família’ (NASF) e das 53 unidades do Programa Saúde da Família (PSF), sendo que mais de 900 funcionários receberão capacitação para atender a população LGBTQIAPN+.