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Rebeca Andrade supera Simone Biles e conquista o ouro no salto sobre a mesa no Mundial de Ginástica Artística da Antuérpia

Por Andre
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ANTUÉRPIA/BRASIL

A rainha da ginástica brasileira, Rebeca Andrade, fez neste sábado, dia 7, algo que ninguém conseguiu até agora no Mundial de Ginástica Artística da Antuérpia, na Bélgica: desbancar o fenômeno do esporte, Simone Biles. Rebeca garantiu o ouro no salto sobre a mesa ao obter a média 14.750. A norte-americana, que sofreu uma queda em um de seus saltos, o Biles 2, registrou 14.549. A sul-coreana Yeo Seojeong que somou 14.416 pontos, completou o pódio.

A ginasta brasileira foi a última a saltar. Na primeira rodada, executou um Cheng muito preciso, o que lhe valeu a nota 15.000. Depois mostrou um Yurchenko com dupla pirueta, que recebeu 14.500 pontos. Trata-se da segunda medalha de ouro em mundiais de Rebeca nesta prova. Ela levará o título do salto na edição de Kitakyushu, no Japão, em 2021.

Biles, que vem novamente deixando o mundo da ginástica boquiaberto, chegou à final por ter atualmente o salto mais difícil, segundo o código de pontuação, com 6,4 de dificuldade. Trata-se de Yurchenko com duplo mortal carpado. Na final, no entanto, Biles caiu, e recebeu 14.433. Depois, a nota que recebeu por um Cheng foi 14.666, insuficiente para destronar Rebeca.


A presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Resende, não escondeu suas emoções. “Confesso que já estava feliz demais com todas as conquistas que a Ginástica do Brasil já obteve aqui na Antuérpia. Mas ver a Rebeca superar a Biles numa final com nível técnico tão elevado, e ouvir o nosso hino nacional na solenidade de premiação…Não consigo traduzir em palavras toda essa emoção. Tenho a certeza de que todas essas glórias vão servir como combustível para que toda a comunidade da modalidade siga trabalhando com muito otimismo e confiança, porque mais conquistas estão por vir”.

Rebeca destacou a importância do trabalho mental para poder executar o que vem sendo treinado com tanta qualidade. “Estava muito concentrada para fazer a minha parte e consegui fazer, com foco total. Estou muito feliz e orgulhosa. Esta é uma medalha muito importante, porque é o meu melhor aparelho. Subi, fiz a minha parte, consegui controlar toda a emoção e o nervosismo. Deu tudo certo e estou muito feliz”, disse a campeã.

O treinador Francisco Porath Neto nota uma Rebeca cada vez mais consistente nas grandes competições. “Ela está mais firme nas competições mais importantes. Vem conseguindo fazer a execução de uma forma muito tranquila. Na verdade, compete com ela mesma, sem contar com a nota de uma ou de outra adversária. Ela conta com a nota dela mesma. Já faz três anos que ela é campeã mundial: 2021, 2022 e 2023. Isso diz muito sobre a competência e a regularidade da Rebeca”, pontuou.

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