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5° CPA apreendeu quase 800 armas, duas toneladas de entorpecentes e prendeu cerca de seis mil criminosos

Por Mônica Vieira
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SUL FLUMINENSE

MÔNICA VIEIRA

Ontem, dia 23, o coronel Renato Assis Ferreira, à frente do 5° Comando de Policiamento de Área (CPA) desde janeiro de 2023, que coordena os batalhões da Região Sul Fluminense, falou com exclusividade ao A VOZ DA CIDADE e fez um balanço das ações de toda sua equipe desde que assumiu a unidade (há pouco mais de um ano e três meses). Foram cerca de 150 operações de março do ano passado até abril deste ano. Desde que está à frente da companhia, foram retiradas das ruas 800 armas (15 delas fuzis) e duas toneladas de drogas. Além disso, foram quase seis mil prisões.

O 5° CPA coordena o 28° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Volta Redonda, responsável também pela segurança de Barra Mansa, Rio Claro e Pinheiral; o 37° BPM de Resende, atuante também em Quatis, Porto Real e Itatiaia; o 10° BPM de Barra do Piraí, que também atua em Piraí, Paty do Alferes, Valença, Vassouras, Miguel Pereira, Rio das Flôres, Engenheiro Paulo de Frontin e Mendes; o 33° BPM de Angra dos Reis, atuante também em Mangaratiba e a 2ª Cia. Independente da PM de Paraty: 20 municípios no total.

O coronel PM Assis tem 51 anos, sendo 33 de serviço público militar, com três anos na Marinha do Brasil (MB) e 30 anos na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ). “Fui subcoordenador de Inteligência do CI/PMERJ, chefe do EMG/PM4/PMERJ, coordenador da Seção de Análise de Risco do GSI/Gov RJ, assessor especial da CGE/RJ, chefe da 2ª DPJM, 4ª DPJM, 5ª DPJM, 7ª DPJM e 8ª DPJM, subcorregedor operacional, corregedor geral, todos da CGPM/SEPM e, atualmente, comandante do 5° CPA”, disse, completando que foi aluno do Colégio Naval/MB (1991), formado pela Escola de Formação de Oficiais (1996), com os cursos de Aperfeiçoamento (2006) de Oficiais e Superior de Polícia (2016), todos pela PMERJ.

Além disso, é graduado em Direito (Universidade Gama Filho), graduado em Ciências Sociais (UERJ); pós-graduando pela UFF (Ciências Jurídicas e Criminais); pós-graduando UERJ (Sociologia Urbana); tem curso de Especialização nas áreas de inteligência, análise de cenários, tiro policial, segurança de autoridades e assuntos internos; entrou no Colégio Naval, em 1989, com 15 anos, e foi promovido à aspirante PM, em 1996, na PMERJ.

Dados são desde que o coronel Assis assumiu o comando em janeiro de 2023 até abril deste ano – divulgação

A VOZ DA CIDADE: Já conhecia a Região Sul Fluminense e qual foi sua análise dos batalhões?

CORONEL ASSIS: Já conhecia por ter sido o chefe da 5ª DPJM/CGPM, sendo responsável pela identificação e apuração dos Desvios de Conduta praticados pelos policiais militares no Sul Fluminense e Costa Verde. Ao assumir o 5° CPA, tive a preocupação de identificar os problemas existentes, que na época, pairavam sobre a falta de policiamento ostensivo, baixo número de operações e morte de policiais militares na região da Costa Verde.

Após a identificação das fraquezas e problemas, o planejamento do emprego do policiamento foi reajustado com a participação das seções de planejamento das unidades subordinadas; tendo a coordenação feita pela seção de operações do 5° CPA, que fez a readequação dos planejamentos, intensificando o policiamento ostensivo nas áreas de maior incidência de Mancha Criminal, com base nos dados fornecidos pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), bem como a sistematização das operações nas áreas de risco da região. Sendo de fundamental importância, a integração entre os atores na área de Segurança Pública como a Polícia Civil, Prefeituras, Secretarias de Saúde e de Segurança Pública Municipais, Guardas Municipais e Instituições Particulares, como o Disque Denúncia, que em conjunto, contribuíram e contribuem para atingir os bons resultados.

 

A VOZ DA CIDADE: Quando surgiram as operações e quantas foram até hoje?

CORONEL ASSIS: Após a apresentação do estudo dos problemas e fraquezas identificados, as operações foram iniciadas a partir de março de 2023, e continuam até hoje. Destacando as operações vigilância integrada (PMERJ e PCERJ) e as operações nas áreas de risco, como também as operações conjuntas com as Policiais Militares de São Paulo e Minas Gerais nas divisas entre os Estados. Até o momento foram realizadas cerca de 150 operações na região, com o somatório delas, que foram equilibradas em todas as áreas, conforme a incidência da mancha criminal e os dados de inteligência das unidades.


 

A VOZ DA CIDADE: Qual o balanço das ações de todo seu efetivo desde que assumiu o 5° CPA?

CORONEL ASSIS: Até o momento, foram apreendidas quase 800 armas de fogo (sendo 15 fuzis), quase seis mil presos e duas toneladas de entorpecentes apreendidos. Não tem data para as operações serem encerradas e a participação da população é de grande importância repassando as irregularidades existentes para os canais técnicos da PMERJ, PCERJ, Guardas Municipais, e principalmente para o Disque Denúncia.

 

A VOZ DA CIDADE: Quais foram as ações mais importantes no período à frente do comando do 5° CPA?

CORONEL ASSIS: A prisão em São Paulo do quarto suspeito da tentativa de homicídio contra o músico Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, baixista do Ultraje a Rigor, atingido por um tiro na cabeça em Paraty, na Ilha das Cobras, em setembro de 2023; a localização de uma menina de apenas nove anos, encontrada em São Paulo após quase dois anos em cárcere privado pela própria mãe; e ação integrada com as policiais de Minas Gerais e São Paulo, que resultou na prisão de uma dupla suspeita de assalto em Minas.

 

A VOZ DA CIDADE: O que foi feito nos batalhões durante a sua gestão?

CORONEL ASSIS: Com o apoio do secretário coronel PM Henrique, a região do 5° CPA recebeu uma atenção especial, sendo direcionado armamentos, viaturas, equipamentos de proteção individual para os policiais militares, mais vagas de RAS, assinaturas de convênios na área de saúde para o atendimento dos policiais militares e seus dependentes. Tais recursos foram fundamentais para a intensificação do policiamento na região.

 

Todo resultado desempenhado é fruto do trabalho dos comandantes das unidades subordinadas e seus efetivos, afirma o coronel – Divulgação

A VOZ DA CIDADE: Quantos policiais militares existem hoje na região nos batalhões que você coordena?

CORONEL ASSIS: Existem mais de dois mil policiais militares distribuídos nas unidades subordinadas ao 5° CPA (10° BPM, 28° BPM, 33° BPM, 37° BPM e 2ª CIPM).

 

A VOZ DA CIDADE: Qual seu objetivo a frente do 5° CPA?

CORONEL ASSIS: Manter a sensação de segurança no Sul Fluminense e Costa Verde, com a redução de ferimentos entre os policiais e moradores, o cumprimento das metas e redução dos indicadores criminais estabelecidos pelo ISP, a fim de que toda sociedade possa aproveitar as belezas naturais dessa região tão importante para o Estado do Rio de Janeiro e, também, para o país. Todo resultado desempenhado é fruto do trabalho dos comandantes das unidades subordinadas e seus efetivos, resultando no empenho de toda equipe envolvida. O atual secretário de Polícia Militar Cel PM Menezes recomendou atenção especial para o Sul Fluminense e Costa Verde, reforçando e aumentando os recursos destinados para região.

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