SUL FLUMINENSE
O Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 aponta que 994 municípios (20% do total realizado) apresentaram alto índice de infestação, com risco de surto para as doenças dengue, zika e chikungunya.
De acordo com o LIRAa Piraí é a única cidade do Sul Fluminense com risco de infestação. Estão em alertas os municípios de Angra dos Reis, Barra do Piraí, Itatiaia, Japeri, Paraíba do Sul, Poro Real, Resende, Três Rios, Volta Redonda. E, em nível satisfatório, Barra Mansa, Engenheiro Paulo de Frontin, Mangaratiba, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paraty, Pinheiral, Quatis, Rio Claro, Valença, Vassouras.
ALERTA DO MS
O Ministério da Saúde alerta que o sistema de vigilância de estados e municípios e toda a população devem reforçar os cuidados para combater o mosquito. Ao todo, 5.214 municípios realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 4.958 (95,1%) por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 256 por armadilha. A metodologia da armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente no local.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, o resultado do LIRAa confirma o aumento da incidência de casos de dengue em todo o país que subiu 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado. “Esses resultados indicam que é preciso fortalecer ainda mais as ações de combate ao mosquito transmissor, com a participação da população e de todos os gestores locais e federal. Mesmo com aumento no número de casos da doença, a taxa de incidência de 2019 está dentro do esperado para o período. Sendo assim, até o momento, o país não está em situação de epidemia, embora possa haver epidemias localizadas em alguns municípios e estados”, disse.
O LIRAa é um instrumento fundamental para o controle do vetor e das doenças (dengue, zika e chikungunya). Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.
Dengue, Zika e Chikungunya
Em 2019, até 13 de abril, foram registrados 451.685 casos prováveis de dengue no país, aumento de 339,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 102.681 casos. A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 216,6% casos/100 mil habitantes. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 186,3%, passando de 66 para 123 mortes.
Em relação à zika, foram registrados 3.085 casos, com incidência de 1,5 caso/100 mil hab. Em 2018, no mesmo período, foram registrados 3.001 casos prováveis. Em 2019, não foram registrados óbitos por zika.
Também foram registrados 24.120 casos de chikungunya no país, com uma incidência de 11,6 casos/100 mil hab. Em 2018, foram 37.874 casos – uma redução de 36,3%. Em 2019, não foram confirmados óbitos por chikungunya.