O Flamengo fez um jogo de entrega e competitividade, levou a decisão da Copa Intercontinental para os pênaltis, mas não conseguiu conquistar o segundo título mundial de sua história. Na tarde desta quarta-feira, no Estádio Ahmad bin Ali, no Catar, o Rubro-Negro empatou com o Paris Saint-Germain por 1 a 1 no tempo regulamentar, porém acabou superado na disputa por penalidades (2-1), que consagrou o clube francês como campeão.
Na série decisiva, brilhou a estrela de Matvey Safonov. Até então pouco conhecido do grande público, o goleiro reserva do PSG defendeu quatro cobranças e foi o personagem central da conquista inédita dos franceses. Pelo Flamengo, Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram suas batidas. Com a bola rolando, Kvaratskhelia abriu o placar para o PSG, enquanto Jorginho empatou para o Flamengo em cobrança de pênalti.
O vice-campeonato teve sabor amargo para o time carioca, que esteve muito próximo de levantar a taça da Copa Intercontinental. Campeão mundial em 1981, na geração de Zico, Júnior, Leandro e companhia, o Flamengo soma agora seu segundo vice em decisões do torneio, após a derrota para o Liverpool em 2019.
Em competições mundiais, o Rubro-Negro também carrega a eliminação na semifinal diante do Al-Hilal, em 2022. De volta a uma final, desta vez acabou superado pelo Paris Saint-Germain na disputa de pênaltis.
Quatro cobranças desperdiçadas
Chamou atenção o contraste da decisão. O gol do Flamengo no tempo normal saiu justamente em uma cobrança de pênalti, convertida com categoria por Jorginho. No entanto, quando a final foi decidida nas penalidades, o desempenho rubro-negro foi muito abaixo do esperado. Das cinco cobranças, quatro foram desperdiçadas, com Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo. De la Cruz foi o único a balançar as redes pelo Flamengo.
Do lado francês, o herói foi Matvey Safonov. Reserva da equipe, o goleiro ganhou espaço após a saída de Donnarumma para o Manchester City e a chegada de Lucas Chevalier, do Lille, que o colocou como segunda opção no elenco. Contratado em julho de 2024 por 20 milhões de euros, vindo do Krasnodar, da Rússia, Safonov justificou o investimento e entrou para a história ao garantir o primeiro título mundial do PSG.