VOLTA REDONDA
O projeto Volta Redonda Cidade da Música, que acontece através da Secretaria Municipal de Educação (SME) e da Fundação Educacional de Volta Redonda (Fevre), está presente em 35 escolas municipais. Neste momento de pandemia, os 4,6 mil estudantes participantes do projeto atuam de forma online com os professores. As apresentações para o público também não pararam e seguem por meio de lives na rede social: www.facebook.com/projetovrcidadedamusica.
De acordo com o maestro Nicolau Martins, cada escola tem uma sala de música para iniciar o estudante participante, que depois passa a frequentar a sede do projeto no bairro Vila Mury. “Estamos nos organizando para voltar a funcionar após a pandemia. É como um time de futebol: o conhecimento não se perde, mas é preciso o contato direto com os instrumentos para praticar. O projeto está renascendo depois de quatro anos para receber os novos alunos e os antigos, o pessoal tem vindo estudar. Os que tocam instrumentos de cordas podem fazer os ensaios, mas é obrigatório o uso de máscara facial, higienização das mãos com álcool 70% e distanciamento entre os alunos”, disse.
Ele destacou que o projeto já colocou diversos alunos no caminho profissional da música, além de oferecer ganhos na parte pedagógica. O maestro lembrou que atualmente existem alunos tocando em bandas militares do Exército (maior parte), Marinha e Aeronáutica.
Em recente visita à sede do projeto, o músico Daniel Diniz Magalhães, 31 anos, informou que conseguiu uma bolsa de mestrado de 100% nos EUA. Ele passou por todas as etapas do projeto, onde começou aos 11 anos, quando estudava no Colégio Getúlio Vargas. Lá, conheceu o violoncelo e depois passou a contrabaixo. Em julho, ele viaja para o solo americano. “Hoje sou professor formado com licenciatura em música e bacharelado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. O estudo da música através do projeto foi fundamental na minha vida. O foco principal vai além da música, contribuindo na formação do cidadão. Eu fui convidado por carta oficial do departamento de música e artes da universidade americana, depois que o meu vídeo foi avaliado e o meu trabalho aprovado pelo dr. Marcos Machado e uma banca da universidade . Ele é o brasileiro que representa o maior nome do contrabaixo na atualidade, tendo estudado nos Estados Unidos e França”, conclui.