ESTADO
A prisão temporária de 15 investigados na Operação Furna da Onça, deflagrada no último dia 8 e que investiga um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e de mão de obra terceirizada, principalmente no Detran, que teria movimentado cerca de R$ 54 milhões, pode ser tornar preventiva. Isso é o que solicitou o Ministério Público Federal (MPF), que entrou no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) com pedido de prisão preventiva dos citados. O pedido do MPF abrangeu todos os dez deputados estaduais presos e se pautou pela necessidade de preservar a aplicação da lei penal e garantir a preservação da ordem pública, considerando os graves crimes praticados e as tentativas de destruir provas. A decisão tem que acontecer até a meia-noite desta segunda-feira, porque a prisão temporária vence hoje.
Segundo o MPF, a prisão preventiva de 18 dos 22 alvos é a medida mais eficaz para impedir prejuízos à investigação conduzida com a Polícia Federal e Receita Federal. “No entendimento do MPF, houve indícios de que alguns investigados tiveram acesso a informações da Operação antes de ela ser deflagrada, o que provocou perdas no cumprimento dos mandados de busca e apreensão que eram considerados úteis para o melhor andamento das investigações”, diz a nota do órgão.
Os procuradores consideram ser um risco para a coleta de provas da investigação a volta dos deputados estaduais ou de outras funções públicas. Foi também pedido pelo MPF o afastamento das funções como dpeutados.
Dentre os demais investigados, quatro deles não tiveram o pedido de prisão renovado e, para outros, o MPF pediu apenas o afastamento de suas funções.
PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA
O MPF pediu a prisão preventiva dos deputados estaduais André Correa (DEM) – de Valença, Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius “Neskau” (PTB). Se estende ainda para o ex-secretário de Governo Affonso Henrique Monnerat (já exonerado), vereador Daniel Martins (Daniel Marcos Barbiratto de Almeida), diretora de Registros do Detran, Carla Adriana Pereira, e assessores Andreia Cardoso do Nascimento, Fabio Cardoso do Nascimento, José Antonio Wermelinger Machado, Leonardo Mendonça Andrade e Magno Cezar Motta.
Pede ainda a manutenção da prisão preventiva de outros deputados já licenciados e presos em outra operação: Edson Albertassi, Jorge Picciani e Paulo Melo, todos do MDB.
A suspensão do exercício da função pública foi para Alcione Chaffin Andrade Fabri e Jorge Luis de Oliveira Fernandes. E a proibição do exercício da função pública foi pedida para Leonardo Silva Jacob (presidente recém-exonerado do Detran), de Três Rios, Shirlei Aparecida Martins da Silva (recém-exonerada subsecretária na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social).
O nome do deputado federal eleito Vinicius Farah, de Três Rios, não foi mencionado no pedido, o que entende-se, portanto, que deve ter sido solto ontem ainda. Foi feito contato com a assessoria de Farah, mas não foi possível contato.
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