SUL FLUMINENSE
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está registrando baixa visibilidade nas rodovias que cortam as cidades da Região Sul Fluminense e faz um alerta para risco de acidentes. Durante o inverno é muito comum que os motoristas encontrem condições de baixa visibilidade causadas pela neblina ou cerração. Nessas condições é importante que o motorista adote alguns cuidados extras em relação ao seu modo de dirigir no dia a dia. Ontem, em Barra do Piraí, ocorreu um acidente de carro após o motorista perder o controle do automóvel. Não se sabe se tal fato motivou o acidente, mas pela manhã era baixa a visibilidade no trecho do ocorrido.
O veículo com uma família capotou na Rodovia Lúcio Meira (BR-393). Nele havia crianças, entre elas um bebê de menos de um mês de vida. Segundo a PRF, o fato ocorreu por volta das 6h50min no Km 266. O condutor, de 63 anos, viajava de Volta Redonda para Rio Novo (MG), quando perdeu o controle do carro, atravessou a rodovia e capotou. Não houve restrições ao trânsito.
No veículo estava uma mulher de 30 anos e seu filho de apenas 27 dias de vida; um menino de seis anos e uma menina de 13 anos. Todos sem ferimentos aparentes, segundo a PRF, mas que, por cautela, foram conduzidos pelo resgate da concessionária ao Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda, para exames e uma melhor avaliação médica, principalmente por se tratarem de crianças.
A PRF lembra que nesta época do ano, a equipe está com ocorrência intensa de neblina em alguns trechos da rodovia com a visibilidade muito reduzida.
FIQUE ATENTO
Diante do fato, o A VOZ DA CIDADE conversou na manhã de ontem com o policial rodoviário Roberto Baldini Figueira. Sua equipe é responsável pelo trecho que a circunscrição começa no km 175,6 no trevo do Cantagalo, em Três Rios, até o km 286,6 (Pórtico) em frente ao Jardim Amália I, em Volta Redonda. São 120 quilômetros sob a responsabilidade da 5ª Delegacia da PRF.
“Todos os dias faço o deslocamento de Volta Redonda até Barra do Piraí, na sede administrativa da PRF. Tenho observado uma intensidade grande de neblina em toda extensão da rodovia. Em alguns trechos a visibilidade chega a 200 metros, no máximo”, disse. “Ontem na hora do acidente, cheguei junto com a equipe para fazer a ocorrência e já estava observando desde que sai de Volta Redonda esta intensidade de neblina. Por isso a importância de fazer um alerta de casos neste período do ano”, completou o rodoviário.
Baldini explica que a neblina não foi necessariamente a causa do acidente, mas pode ter contribuído para a pouca visibilidade do condutor. “Isso pode ocorrer com todos os tipos de veículos. Se você está em uma situação de neblina, de pouca visibilidade, é bom você manter a distância do veículo da frente para ter um tempo maior de reação defensiva; reduzir a velocidade e redobrar atenção”, disse.
Outro ponto que ele lembra que a neblina intensa acaba umidecendo a rodovia, o que deixa a pista mais escorregadia. “Aliada a óleo e outras substâncias que saem dos veículos, principalmente dos caminhões. Isso pode enganar os motoristas, que acham que a pista está seca, mas na realidade ela está úmida e escorregadia, o que contribui muito para os acidentes”, concluiu Roberto Baldini.
AVALIE AS CONDIÇÕES
Não menos importante, é avaliar as condições de segurança para seguir viagem: se a neblina estiver densa ao ponto da visibilidade se restringir à poucos metros, o motorista deve se orientar pelas faixas laterais da pista e o mais prudente é encontrar um local seguro, como postos de abastecimentos, e aguardar as condições se tornarem mais favoráveis.
MAIOR INCIDÊNCIA
Em geral, trechos de serra e baixadas estão mais sujeitos à ocorrência de neblina, principalmente nos períodos de maior incidência, no começo da manhã e durante a madrugada. Ao perceber os primeiros sinais de neblina o motorista deve reduzir gradualmente a velocidade e manter aceso o farol baixo – mesmo durante o dia, e se veículo estiver equipado com luzes de neblina, acender também os faróis de neblina dianteiros e a luz de neblina traseira – geralmente esses sistemas acenderão uma luz de aviso no painel, semelhantes ao farol, sendo na cor verde para os faróis de neblina e na cor laranja, em sentido oposto, para a lanterna de neblina traseira. Nunca, em hipótese alguma, deve-se ligar o pisca-alerta com o veículo em movimento dentro da neblina – isso pode confundir outros motoristas e causar acidentes.