QUITO/EQUADOR
O presidente conservador do Equador, Guillermo Lasso, decretou um estado de emergência de 60 dias no país após o assassinato do candidato à presidência, Fernando Villavicencio. O crime ocorreu a apenas 11 dias das eleições presidenciais, gerando comoção e preocupação em relação à crescente violência associada ao tráfico de drogas no país sul-americano. além disso, ainda foi decretado luto nacional de três dias.
O assassinato chocante ocorreu enquanto Villavicencio deixava um evento de campanha eleitoral, nesta quarta-feira, dia 9. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que vários tiros foram disparados contra ele. O candidato era um crítico ferrenho da corrupção e do crime organizado, tendo denunciado o ex-presidente Rafael Correa durante seu trabalho como jornalista.
Após ter sido condenado a 18 meses de prisão por difamação e críticas ao ex-presidente, Villavicencio fugiu para o Peru e depois retornou ao Equador. Ele estava sob proteção policial devido a ameaças constantes. O suspeito de atirar contra ele foi morto pelas autoridades no local do crime.
O partido de Villavicencio havia discutido a suspensão da campanha devido à violência política, mas o candidato recusou, chamando-a de ato covarde. Ele também relatou ameaças de morte, possivelmente relacionadas a um líder de gangue conhecido como ‘Fito’.
Apesar da tragédia, as eleições presidenciais estão agendadas para 20 de agosto, e o presidente Lasso anunciou o destacamento de militares para garantir a segurança dos eleitores durante o processo.
O assassinato de Villavicencio abalou o cenário político equatoriano, onde a luta contra a criminalidade é uma das principais promessas dos candidatos que buscam suceder Guillermo Lasso como presidente.
*Luciano R. Pançardes – Editor chefe