VOLTA REDONDA
Cerca de 40 pessoas invadiram uma área de mais de dez mil metros quadrados, na região conhecida como Vila da Melhor Idade, no bairro Belmonte. E tentando resolver a situação, o procurador geral do município, Augusto Nogueira, acompanhado de representantes do Fundo Comunitário (Furban), Defesa Civil e Companhia de Habitação (Cohab), esteve no local na manhã desta terça-feira. Os invasores ouviram mais uma vez a explicação de que não podem ficar em áreas públicas. Houve resistência por parte dos invasores.
Segundo o procurador, a cidade tem um cadastro na Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) destinado para inscrição em programas habitacionais em Volta Redonda. Ele lembrou que ainda há a possibilidade de análises de aluguel social para quem comprovar necessidade, além de programas do Minha Casa, Minha Vida, destinados às famílias que precisam de moradia.
A área invadida foi destinada para que o estado fizesse no local residências para idosos que precisem de moradias na cidade. “Esse terreno é municipal, mas está em uso pelo Governo do Estado. No local, estava sendo construída a Vila da Cidadania, um projeto para construção de moradias para idosos. O projeto parou por questões financeiras e essas famílias invadiram o local. Isso não pode, é ilegal e a área já estava destinada a um projeto social. O prefeito já fez quatro reuniões e informou as famílias. Ele não deixará ninguém desamparado”, explicou o procurador geral, Augusto Nogueira.
No início da visita houve resistência por parte dos invasores, permitindo que apenas dois representantes da prefeitura entrassem na área. E após isso, cerca de 15 pessoas, que se intitularam representantes do grupo, ouviram as explicações, mas disseram que não deixarão o local.
Técnicos da Defesa Civil avaliaram algumas situações e informaram que solicitaram a demolição de uma laje que estava cedendo e identificaram ainda, que o local não conta com rede de esgoto e tem apenas um ponto de energia para os imóveis.
Para o prefeito Samuca Silva (Podemos) existe na prefeitura várias estruturas para assistir as famílias que precisam de apoio social, porém, sendo necessário que todos ajam de acordo com a lei. “Estamos tentando todas formas de diálogo. Infelizmente esta área não pode ser destinada a esse grupo de pessoas, pois o Governo do Estado está tentando receber na justiça, valores investidos no empreendimento anterior que não foi a frente. Estamos colocando à disposição das famílias o Poder Público, mas elas tem que confiar no governo.Não se pode viver em condições iguais a estas”, disse o prefeito Samuca Silva.