VOLTA REDONDA
A Prefeitura de Volta Redonda fez nesta sexta-feira, dia 22, a segunda vistoria no interior da Usina Presidente Vargas. A primeira, realizada no dia 14, resultou em um acordo com a empresa, pelo qual seriam adotadas seis medidas emergenciais para reduzir os efeitos da poluição atmosférica entre a população. Desta vez, o objetivo foi verificar o andamento da execução das propostas anunciadas. De acordo com o verificado, as primeiras ações já foram tomadas e devem impactar em uma melhora no meio ambiente local.
O setor de sinterização passou a contar com duas máquinas varredeiras rodando pelo pátio durante todo o tempo de produção, bem como houve aumento no contingente de pessoal atuando nas vias, pátios, estruturas e equipamentos das sinterizações e áreas adjacentes. Duas máquinas do tipo “Bob Cat”, retroescavadeiras e caminhões com equipamento de aspersão passaram a circular pelo local, continuamente. Os chuveiros de aspersão que pulverizam água sobre as esteiras responsáveis por transportar o minério voltaram a funcionar em volume considerável. Todas essas ações impedem que o vento leve material particulado para fora da usina.
O volume de pó oriundo da produção retirado pelos funcionários do pátio a cada instante é impressionante. Sacos e sacos são enchidos e alocados de forma incessante. Sem esses equipamentos funcionando, sem os veículos adequados e com número reduzido de funcionários, praticamente todo esse material particulado agora recolhido iria em algum momento ser levado de dentro da usina para os bairros de Volta Redonda. Molhado e assentado, o material particulado é recolhido com mais facilidade e levado para os depósitos apropriados. No caso das esteiras que transportam o minério pela usina, com o chuveiro de aspersão funcionando os particulados simplesmente ficam fixos na borracha até chegar ao destino final na cadeia de produção do aço.
Todas estas medidas são ainda paliativas, mas a informação mais importante no cenário atual é a de que a CSN já fez contato com empresas para adquirir os equipamentos necessários para modernização da sinterização. O contrato de R$ 250 milhões está agitando o mercado. Apesar de ter até 2024 para cumprir o TAC (termo de Ajustamento de Conduta), a CSN se comprometeu com a prefeitura de agilizar essa parte da sinterização.
“As medidas emergenciais foram adotadas, mas sabemos que só a modernização da produção vai melhorar de forma mais sensível esta questão. Então, a notícia mais importante que recebemos hoje foi que a CSN já está no mercado em busca destes equipamentos. Sabemos que essa ação demanda mais tempo, mas se o empenho pela modernização da sinterização for o mesmo que observamos hoje para adoção das medidas emergenciais, ganharemos todos em Volta Redonda. Vamos aguardar e seguir vistoriando sempre que possível e necessário”, disse o prefeito Antonio Francisco Neto.