BARRA MANSA
Na manhã desta terça-feira, 8, representantes do setor de eventos do município se reuniram no auditório do Parque de Saudade, junto representantes da prefeitura, dentre eles o procurador César Catapreta, para dialogar sobre a retomada dos eventos sociais. Participaram cerca de 60 empresários. O Ministério Público já analisa o protocolo de retomada e a prefeitura aguarda resposta.
Segundo uma das empresárias, Juliana Leal, a intenção é buscar uma volta gradual e consciente das atividades nesses locais. Ela apontou que o encontro foi produtivo e que a intenção é combater a clandestinidade dos eventos e as aglomerações que estão sendo realizadas de maneira inconsequente. Ela frisou que há normativas e critérios sólidos e seguros para os espaços de evento.
Quanto aos prejuízos, a empresária disse que são incalculáveis. “Os prejuízos são imensuráveis, estamos há seis meses parados e como não podemos vender e estamos sem previsão para retomada, o faturamento está zerado e os funcionários continuam com o benefício do governo. Se não tivermos uma retomada e apoio dos órgãos públicos, acontecerá o fechamento em massa, das empresas. Estamos visando com isso, fortalecer o segmento de eventos, fazendo uma associação específica de empresários”, disse.
De acordo com o protocolo de retomada de eventos e dados de pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o mercado de eventos é importante, pois sem ele, mais de 840 mil profissionais seriam demitidos e que três milhões de pessoas podem ficar sem renda, considerando trabalhadores informais.
O protocolo proposto pelos empresários de Barra Mansa é dividido em cinco fases. A primeira delas visa a o Plano da Retomada, onde os protocolos a serem seguidos serão passados aos profissionais para que estejam cientes de como operar nas demais fases. Esse processo acontecerá no período de 21 dias (não operante e não liberada realização de eventos de imediato). Na segunda etapa, os locais já operariam e aconteceria em 30 dias, com a liberação dos eventos seguindo as restrições e medidas como, quantidade de convidados reduzida, uso de equipamentos de proteção individual, medidas sanitárias, distanciamento e medidas educativas para que funcionários e clientes tenham acesso aos procedimentos de segurança do local a serem seguidos. A segunda fase faz algumas proibições como juntar mesas, utilização de brinquedos infláveis e playground.
Nas próximas fases, aconteceria a liberação dos eventos com maior flexibilização, aumentando o número de ocupações. Com a pandemia controlada o setor operaria sem restrições e com prazo indeterminado, levando em consideração todos os pilares da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O documento, formulado pela Empresa Thaís Gomes Cerimonial e revisado pelas representantes das Empresas Espaço M e Kifulia Festas Eventos,encontra-se em posse do Ministério Público junto com o protocolo de retomada desde a última semana. A empresária Juliana Leal relatou que os profissionais estão otimistas buscando o avanço dos acordos com o órgão estadual, somando forças com autoridades e empresários locais