RESENDE
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação do município, está auxiliando o projeto Horta Solidária realizada pela Escola Municipal Geraldo da Cunha Rodrigues, localizada no bairro São Caetano. Em parceria com equipes técnicas da Secretaria, os estudantes buscam reaproveitar água dos bebedouros para promover a irrigação, e também vão montar uma composteira para aproveitar sobras da cozinha e uma sementeira própria. O projeto de sua Horta Solidária, iniciado em 2018, foi reiniciado na semana passada e vai ganhar novidades para o ano corrente.
A remontagem da horta, após as colheitas do ano passado, foi realizada no fim de semana passada, com ajuda de alunos, professores, pais e membros da comunidade em geral do bairro São Caetano, onde fica a escola. Os primeiros canteiros receberam alface, salsa e cebolinha. Outros vão receber em breve tomate, abóbora, couve e haverá ajustes para a área da taioba.
Segundo a diretora-geral da escola, Raquel Carvalho, a proposta para implantação das novidades sustentáveis partiram dos próprios alunos. “A composteira vai reaproveitar as sobras da cozinha, produzindo adubo para fertilização do solo sem uso de agrotóxicos. Outra boa ideia será a criação da sementeira, aumentando a autonomia dos alunos para montagem dos próximos canteiros. Um dos projetos mais audaciosos diz respeito ao aproveitamento de água dos bebedouros para a irrigação”, disse Raquel, informando que a secretaria de Educação do município está nos dando todo suporte para tocar a horta e ampliar o projeto como sugeriram os alunos. “Estamos trabalhando para dar tudo certo e todos estão muito orgulhosos”, disse a diretora.
RETOMADA DO PROJETO
A criação da horta aconteceu no ano passado, como parte de um projeto de parceria entre a Secretaria de Educação e a Empresa Votorantin, cujo objetivo é despertar propostas que transformem a comunidade e a escola. Com isso, três alunos deram a ideia da horta solidária, que distribui os alimentos entre os moradores. “Muita gente vive aqui somente com o básico e a hora contribui com um reforço importante na alimentação”, explicou a diretora.
O projeto deu certo e contagiou toda a comunidade dentro e fora da escola. No entanto, a Horta Solidária sofreu um revés significativo quando a professora que coordenava o projeto, Delma Costa, morreu em um acidente de trânsito a caminho da escola. “Os alunos, então, deram a horta o nome de Delma e seguiram adiante com ajuda de outros mestres. Com o retorno do ano letivo os alunos passaram a cobrar o retorno da horta, o que foi conquistado no fim de semana”, disse Raquel.
A ideia ganhou tanta força no bairro que a escola acabou ganhando um “brinde” dos moradores. “Além do preparo da horta, o mutirão de sábado revitalizou o jardim da escola, que ainda ganhou o plantio de árvores frutíferas”, completou.