BARRA MANSA
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entrou com pedido na 1ª Vara Cível de Barra Mansa, no dia 29, solicitando o fechamento das atividades não essenciais do município. O prefeito Rodrigo Drable informou que ainda não foi notificado de nenhuma decisão, mas destaca que seria muito ruim para a cidade o fechamento. “A experiência já mostrou que fechar tudo, aumenta a circulação de pessoas nos bairros, onde não temos alcance efetivo da fiscalização. O funcionamento da cidade, reduzido e criterioso, diminui o contágio, mas também permite que um pai de família, trabalhador e pobre, possa levar comida para casa”, disse Drable.
O mesmo pedido foi protocolado em Volta Redonda para fechamento das atividades não essenciais. A Assessoria de Comunicação do prefeito Antonio Francisco Neto informou que nenhuma decisão ainda foi emitida, mas que segue trabalhando normalmente e com intensidade no combate à Covid-19, em busca de abertura de leitos, aumento da capacidade de vacinação, com fiscalização nas ruas. A prefeitura iniciou o ano com apenas cinco leitos abertos e já conseguiu abrir 22 entre UTI e enfermaria. Informa que outros dez leitos ainda serão abertos.
Os pedidos do MPRJ ainda precisam ser acatados pela 1ª Vara Cível de Barra Mansa e de Volta Redonda.
Em Barra Mansa, segundo o prefeito, a vacinação está sendo um sucesso, criaram uma nova estrutura de atendimento de Covid-19 ao lado da UPA e aumentaram o número de leitos, mantendo a capacidade de atender os pacientes. Barra Mansa fechou esta terça-feira com 18.617 pessoas vacinadas, um total de 23.835 doses administradas (primeira e segunda) e imuniza nesta quarta-feira idosos de 68 anos.
Drable cita que maior parte do estado não tem leito disponível e tem fila de espera. “Temos 19% dos leitos disponíveis nesse exato momento”, falando de dados divulgados de ocupação na cidade datados dessa terça-feira, 30. São 81% de leitos de UTI ocupados, 66% de enfermaria e 48% dos respiradores.
O Ministério Público cita que mesmo o decreto emitido na segunda-feira, 29, pelo prefeito, reduzindo o horário do comércio, incluindo bares e restaurantes, não seria ainda suficiente para conter o avanço da pandemia. Cita a classificação de Barra Mansa no Mapa de Risco, onde a região Sul Fluminense está em risco vermelho (alto risco para Covid-19). O órgão argumenta ainda que na segunda-feira, a cidade estava com 92% de ocupação de leitos para a doença, citando que Barra Mansa ultrapassou o patamar de 50% estabelecido pela Justiça no ano passado. Pede que o prefeito então emita novo decreto deixando apenas os serviços essenciais em funcionamento.