SUL FLUMINENSE
O preço da gasolina comum (tipo C) nos postos das três principais cidades econômicas do Sul Fluminense subiu no período entre 7 de junho e 4 de julho, conforme dados do levantamento de preços realizado periodicamente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na prática, os valores reajustados indicam que os postos já adotaram o aumento permitido pela Petrobras no início desse mês, com índice de 3% na gasolina para as refinarias (tipo A). Vale lembrar, que a gasolina vendida nos postos é a do tipo C e tem acrescido as porcentagens referente ao custo de distribuição e revenda, custo de adição do etanol anidro, ICMS, CIDE, PIS/Pasep e Cofins. O reajuste de julho teve como justificativa a estratégia da estatal brasileira em acompanhar o preço do barril do petróleo no mercado internacional nos últimos dois meses.
Em análise aos dados da ANP com a pesquisa Síntese de Preços Praticados para o valor da gasolina, tomando com base as últimas quatro semanas (7 de junho a 4 de julho) houve aumento da gasolina em Volta Redonda, Barra Mansa e Resende. Em Barra Mansa, a pesquisa abrangeu 13 postos e constatou nesse período a elevação do valor mínimo praticado da gasolina comum passou de R$ 4,099/litro para R$ 4,399/litro. O valor máximo é de R$ 4,739/litro.
Em Resende, a ANP pesquisou até dez postos no período e constatou que o valor mínimo do litro da gasolina subiu de R$ 4,199 no início de junho para R$ 4,299 em julho. O preço máximo praticado atualmente na cidade é de R$ 4,699/litro. Na Cidade do Aço, a ANP verificou o valor da gasolina comum em até 11 postos no entre o início de junho e julho. O preço mínimo subiu de R$ 4,199/litro para R$ 4,399/litro. O valor máximo registrado por litro da gasolina comum é o de R$ 4,749.
E o que incomoda os consumidores pode se agravar em curto prazo. Nesta terça-feira a estatal confirmou que vai elevar em 5% o valor da gasolina para as refinarias. Será o oitavo aumento desde o mês de maio, tentando acompanhar a cotação internacional do petróleo. O repasse ao consumidor fica a critério de cada empresa fornecedora do combustível. A projeção é que o litro da gasolina tipo A fique em torno de R$ 1,65 para as distribuidoras.
ETANOL
Em relação ao etanol houve aumento também nas cidades pesquisadas. Em Barra Mansa o valor médio do litro subiu de R$ 3,548 em junho para R$ 3,726 em julho. Os preços mínimo e máximo oscilam atualmente entre R$ 3,299 e R$ 4,249, o litro.
Em Resende, o etanol é comercializado entre R$ 3,499 e R$ 3,999. Como a rotina de preços é independente a cada posto, é possível encontrar valores distintos. “O jeito é pesquisar e tentar confiar na qualidade do produto. Para encher o tanque mantenho a prática de ir a postos de cidades vizinhas em São Paulo, onde o valor é bem mais em conta devido ao sistema de impostos”, comenta o motorista Rafael Maciel. Em Volta Redonda, o litro do etanol varia atualmente entre R$3,296 e R$3,999, segundo dados da ANP. Na análise da primeira semana de junho os valore mínimo e máximo eram de R$ 3,199 e R$ 3,799, respectivamente.
NOVO LEVANTAMENTO DE PREÇOS
A ANP aprovou a abertura de licitação para contratação de empresa que será responsável pelo novo formato do Levantamento de Preços de Combustíveis. A pesquisa acompanha os preços dos combustíveis automotivos e do GLP (gás de cozinha), que são divulgados semanalmente no portal da Agência (www.anp.gov.br). O novo contrato de um ano, a partir de agosto, trará alterações e aprimoramentos, atendendo a diretrizes de eficiência e transparência.
A principal melhoria será a implementação de formulário eletrônico (no lugar do atual, impresso), que irá capturar a geolocalização do pesquisador, com data e hora, e solicitar a inclusão de fotos do posto e do painel de preços, garantindo a confiabilidade e a rastreabilidade dos dados. A abrangência geográfica atual da pesquisa, que inclui 459 localidades, continuará a mesma, bem como a periodicidade e o número de aproximadamente seis mil postos e 4.400 revendas de GLP pesquisados por semana.
Outra alteração será a não obtenção, por meio do Levantamento de Preços de Combustíveis, dos preços de aquisição dos produtos, pagos pelos postos às distribuidoras. Essa coleta atualmente é feita por meio de nota fiscal de compra apresentada pelo posto ao pesquisador. A exclusão ocorrerá porque, atualmente, as Resoluções ANP nº 729/2018 e nº 795/2019 obrigam os distribuidores a fornecerem esses dados por meio do Sistema de Movimentação de Produtos (SIMP). Os dados fornecidos pelo SIMP são mensais, mais completos e abrangentes do que os da pesquisa de preços e e passarão a ser disponibilizados no Portal da ANP a partir de setembro.