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Preço do feijão sobe e gera reclamação de consumidores do Sul Fluminense

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

Item essencial no cardápio da família brasileira o feijão está cada vez mais caro nas prateleiras dos supermercados da região. Quem faz compras frequentemente tem observado que o valor do vegetal que integra o grupo das leguminosas tem oscilado consideravelmente. Os valores variam conforme o tipo e o peso do produto, para efeito de comparação o pacote de 1 Kg do feijão Carioca tipo 1 tem variação absurda entre estabelecimentos e fabricantes.

Em Barra Mansa com pacote de um quilo pode ser encontrado com preços que variam de R$ 6,19 a R$ 10,95 – alta de 76,90%.  A situação parece ser regional, afinal, consumidores de outras cidades também observaram a alta do produto utilizados na alimentação familiar. Em Resende, o quilo do feijão varia de R$ 7,90 a R$ 12,75 – variação de 61,39% – cabendo ao consumidor pesquisar os melhores preços. “É um absurdo o valor que estão cobrando pelo quilo do feijão. E não é de agora, não. Já reclamo faz tempo. A cada semana os preços estão diferentes e ninguém faz nada. Qual a justificativa? O pobre já não come carne todo dia, agora não pode também comprar o feijão? Lá em casa o consumo é diário, não pode faltar. Sinto saudades do pacote na faixa de R$ 5, R$ 6. Pagar quase R$ 15 por um quilo de feijão de qualidade é um assalto”, critica a dona de casa Maria Auxiliadora Maciel, do bairro Paraíso, que em média faz compras a cada 20 dias.

Segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado na primeira quinzena desse mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil deve colher 2,9 milhões de toneladas de feijão em 2019. Apesar de expressivo, o número representa queda de 1,5% perante o resultado de 2018. A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra o aumento no preço do feijão por causa da estimativa de menor de safra do grão em 2019. O consumo doméstico do feijão gira em torno de 3 milhões de toneladas por ano.

Segundo o gerente de Coordenação de Agropecuária do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, responsável pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, o IPCA mostra o impacto da diminuição da safra de feijão o tipo Carioca teve alta de 19,76% na transição entre os meses de dezembro para janeiro. A valorização da saca do feijão começou em outubro e chega aos poucos ao consumidor final. As principais quedas na safra de feijão aconteceram no Paraná (-12,4%) e em Minas Gerais (-18,1%) e em estados do Sul, que enfrentaram estiagem no período de plantio. “A questão climática afetou o feijão. Os preços aumentaram bastante nos supermercados e temos a expectativa de aumento para o nível de segunda safra”, comentou o gerente comentando que em janeiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 230,7 milhões de toneladas, 1,9% acima da safra de 2018.


A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, a 2ª safra de feijão foi estimada com um aumento de 5,7% (61,1 mil toneladas). Em relação à 3ª safra de feijão, a previsão é de aumento de 7,3% em relação à estimativa de dezembro (mais 34,2 mil toneladas). A safra brasileira começa a ser colhida em novembro e dura até o final de outubro.

ORIENTAÇÃO

Segundo o Programa de Defesa do Consumidor de Barra Mansa, os consumidores devem manter o alerta sobre a qualidade dos itens expostos nas prateleiras. “Alertamos o consumidor que se não puder fazer a pesquisa de preço para identificar o local com o preço mais em conta, que analise bem a qualidade e os dados da mercadoria. Observar preço é fundamental, mas também a data de fabricação e prazo de validade. Pode ocorrer de alguns estabelecimentos utilizar de produto em estoque para tentar conquistar clientes, fazer promoções neste período de alta do produto”, comenta o coordenador Felipe Goulart da Fonseca,

Em março, nova pesquisa de preços da cesta básica elaborada pelos fiscais do Procon-BM vai analisar o valor dos principais itens da alimentação diária. “Mantemos a pesquisa mensalmente nos supermercados do município e em virtude do Carnaval, pretendemos elaborar o material do mês de março na segunda semana do mês. Ressalto que o Procon mantém atendimento e orientação ao consumidor na sede da Prefeitura de Barra Mansa, de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 16h30min”, frisa o coordenador.

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