VOLTA REDONDA
O diretor executivo comercial da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Luis Fernando Martinez, afirmou que devem ser gerados cerca de 5 mil empregos diretos, com a regulamentação da Lei Estadual 8.960/20, que estabelece um regime diferenciado de tributação do ICMS para indústrias do setor metalmecânico instaladas no Estado do Rio de Janeiro. Martinez e o diretor institucional e jurídico da CSN, Luiz Paulo Barreto, participaram na quinta-feira, 26, no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, da cerimônia de assinatura da regulamentação pelo Governador em exercício, Cláudio Castro, e pelo Secretário de Fazenda, Guilherme Mercês.
A nova legislação prevê um regime diferenciado de tributação do ICMS para indústrias do setor metalmecânico instaladas no Estado do Rio de Janeiro. A medida reduz a carga tributária das empresas de metalurgia e siderurgia e traz aumento de competitividade para o estado. Atualmente, as empresas que não fazem parte da zona incentivada pela Lei 6.979/15 estão sob o regime de 20% de alíquota final de ICMS. Com a regulamentação da lei e adesão pelos contribuintes, os estabelecimentos contarão com uma tributação mais simples, de 3% na saída sobre o valor faturado, além da possibilidade de aquisição de alguns bens com diferimento, o que beneficia o fluxo de caixa.
Martinez, revelou que, com a regulamentação da lei, 20 empresas já demonstraram interesse em se instalar no estado. “Eu diria que este projeto volta a reindustrializar o Rio de Janeiro. O Sul Fluminense é uma região muito poderosa porque a partir dela você consegue servir toda a região Sudeste. Nós estamos falando de um faturamento das empresas em torno de R$ 6 bilhões e uma geração de empregos da ordem de 5 mil funcionários diretos”, afirmou o executivo, que também pontuou que a atração de novas empresas, como montadoras e empresas de autopeças fortalecem toda a cadeia. Martinez também destacou a possibilidade de integração do Polo Metalmecânico com o Porto de Itaguaí, para escoar os produtos produzidos por essas empresas para exportação ou mesmo para o mercado interno.
O diretor institucional e jurídico da CSN ressaltou a importância do Estado do Rio de Janeiro para o início do processo de industrialização do Brasil, com a inauguração da CSN em 1941. Segundo ele, a nova lei dá ao Estado do Rio de Janeiro uma simetria de condições em relação a outros estados, o que assegura competitividade para a Indústria Fluminense. “Hoje, nós vamos dar um segundo impulso a essa industrialização no Estado do Rio de Janeiro, permitindo que a indústria do aço e a sua cadeia de produção tenham condições de igualdade de competir, fornecer, fabricar e comercializar os seus produtos”, afirmou.
Diretor da empresa Perfimax, sediada em Santa Catarina, Lucas Martarello contou que pretende expandir os negócios para o Rio de Janeiro em 2021. “Estamos há 28 anos no mercado do aço e agora estamos investindo no Rio de Janeiro por causa do incentivo do Polo Metalmecânico. Nós já temos o planejamento para produzir cerca de 5 mil toneladas de material e queremos expandir a empresa em 2021, atuando na geração de empregos e contribuindo com o desenvolvimento social e econômico da região”, disse o empresário, que trouxe uma unidade de beneficiamento de aço para Pinheiral este ano.