PIRAÍ
A Escola Municipal Luiz Marinho Vidal, que fica no bairro Jaqueira, se reuniu ontem com os pais de uma aluna de nove anos, que estuda no 4° ano do Ensino Fundamental. A professora alegou ter sido agredida pela mãe. O caso foi registrado na 94ª Delegacia de Polícia na quarta-feira, dia 10, e está sob investigação do delegado titular, Michel Floroschk.
O A VOZ DA CIDADE conversou no final da manhã de ontem com o delegado, que explicou que um inquérito foi aberto e ele já ouviu os envolvidos. “A professora alegou que a aluna apresenta um comportamento normal em sala de aula, mas sempre que é necessário chamar a atenção da mesma por algum motivo, os pais da menor vão até a escola para tirar satisfações”, contou o delegado. “Ela então disse que a menina, em determinada situação, teria começado a excluir a outra aluna de algumas atividades em grupo, e que ela (professora), a repreendeu, dizendo que não podia fazer aquilo, pois se fosse com ela, ela não iria gostar”, completou o delegado, dizendo que a professora comentou que no momento, a menina ficou ‘triste’ com o que ela falou, mas logo voltou a participar das atividades com os demais alunos.
Ainda de acordo com Floroschk, a professora explicou que no dia seguinte, dia 9, foi surpreendida pela mãe da menina, que a esperava na porta da escola. “Ela falou que queria conversar com a professora e a mesma disse que só conversaria com ela dentro da instituição. Inesperadamente, a mulher, segundo relato da professora, partiu para cima dela, com tapas, socos, arranhões e puxões de cabelo”, disse Michel, lembrando que um inspetor tentou separar a agressora, mas o pai da menina teria impedido.
Ainda de acordo com o delegado, a direção da escola também foi ouvida sobre o caso. “Eles relataram que os pais realmente já haviam feito queixas da professora, mas nenhuma conduta inadequada da mesma foi constatada”, disse o delegado.
Já a mãe, segundo Michel, disse que a docente chama atenção da estudante há tempos, sem motivo aparente. “Ela falou que realmente agrediu a professora. Que a chamou para conversar, mas que a mesma gritou, começando assim o desentendimento. Ela proferiu que segurou o braço da mulher e começou a arranhar, ordenando que ninguém se metesse”, relatou o policial.
O delegado aguarda o laudo da perícia e o mesmo será enviado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim). “O ato é grave, causa repugnância, mas infelizmente a nossa legislação não é dura pra esse tipo de ocorrência. Eu não concordo, mas tenho que cumprir”, finalizou o delegado.