ANGRA DOS REIS
Agentes da 166ª Delegacia de Polícia (DP), juntamente com policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) prenderam ontem, em Angra dos Reis, um homem, de 33 anos, suspeito de assassinar sua esposa, Maria Inês Rodrigues, 41 anos, no bairro Vila Nova (antigo Tararaca). O feminicídio, que foi confessado pelo homem, segundo a polícia, aconteceu no domingo, dia 20, e o corpo da mulher foi encontrado enrolado a tecidos e deixado em uma mata, às margens da Estrada Vereador Benedito Adelino, próximo ao Mirante. A briga teria iniciado porque a mulher pediu para o marido lhe comprar um vestido. O suspeito do crime, Diogo Soares da Silva, permaneceu preso na sede da 166ª DP de Angra, onde o caso seguirá para investigação.
O A VOZ DA CIDADE teve acesso a informações do crime. Em depoimento, Diogo teria dito que o crime aconteceu na manhã de domingo, por volta das 9h30min, quando começaram a discutir porque Maria Inês queria um vestido para ir à igreja. Ele contou que não teria dinheiro, mas a vítima insistiu e começou a agredi-lo com tapas e arranhões. Diogo disse então que, para se defender, aplicou um ‘mata-leão’ na vítima. Nesse momento ela desmaiou e ele teria tentado reanimá-la, em vão.
O casal tem uma filha de sete anos e Diogo teria dito para ela não entrar no quarto que a mãe estava dormindo. Saiu, deu almoço para a filha, comeu também, assistiu televisão com a menina para distraí-la, viu dois jogos de futebol – um em casa e outro no bar, ofereceu lanche para filha por volta das 20 horas, e às 22 horas pegou sua bicicleta, colocou o corpo em cima, enrolado em tapete e foi até a Estrada Vereador Bendito Adelino, onde jogou o corpo da mulher na mata e ainda o cobriu com folhas de bananeira.
No dia seguinte, saiu para trabalhar e, no ponto de ônibus, teria recebido a informação que a polícia estava a sua procura. Num primeiro momento disse que a esposa teria ido buscar remédios para ele no Perequê no dia anterior e não tinha ainda retornado, mas depois confessou, segundo os policiais, o crime. Contou que teria apenas confessado o que aconteceu para sua mãe.
Ele mencionou em depoimento que a mulher já tinha o denunciado por violência doméstica em 2013 e que eles retornaram o relacionamento após quatro anos. Fazia um ano que teriam voltado e só tinham acontecido episódios de discussão. Mencionou que a mulher era paciente psiquiátrica e fazia uso de medicação controlada.
O corpo de Maria Inês foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade, onde será feito um exame cadavérico para saber as causas da morte.