BARRA MANSA
A Polícia Civil da 90ª Delegacia de Polícia (DP) de Barra Mansa escutou hoje um professor, de 33 anos, que foi apontado por uma aluna de tê-la assediado sexualmente em uma escola no Ano Bom. Ele foi ouvido e liberado e o caso segue para investigação.
O professor foi levado pela equipe da Ronda Escolar (Guarda Municipal e Polícia Militar) para a delegacia para prestar esclarecimentos. Ele foi surpreendido pela equipe durante uma reunião, hoje de manhã, na Secretaria de Educação. Os responsáveis pela jovem e pela escola também estiveram na delegacia prestando esclarecimentos.
Em nota, a prefeitura informou que: “O memorando contendo dados do suposto crime foi encaminhado pela direção da escola ao secretário da Pasta, Vantoil de Souza, às 19 horas, da última terça-feira, 19″”, disse. “Tão logo recebemos as informações e o áudio gravado pela aluna, convocamos o professor a comparecer na secretaria na manhã de hoje para prestar esclarecimentos sobre os fatos. Acionamos a Guarda Municipal, que conduziu o acusado a Delegacia de Barra Mansa para investigação e os devidos encaminhamentos determinados por lei”, esclareceu Vantoil.
A prefeitura informou ainda que a acusação também foi encaminhada para o Ministério Público. “Não vamos admitir qualquer tipo de atitude que caracterize assédio sexual por parte dos profissionais da educação contra os nossos alunos. Casos semelhantes, serão tratados ao rigor da lei e o suspeito conduzido para as autoridades policiais e o MP. Entendemos que nenhum profissional tem direito a pratica de assédio seja no ambiente escolar ou fora dele”, afirmou o secretário.
No memorado expedido pela direção da escola, a denunciante relata que desde 2018 o professor o vinha lhe assediando, que no dia 19, quando estava na biblioteca da escola, o referido educador foi chamá-la para a aula de educação física e teria massageado seus ombros com as mãos. Ainda de acordo com o documento, o fato ocorreu na presença de uma professora, de uma estagiária e um aluno do oitavo ano. A denunciante contou que foi para a aula disposta a gravar um áudio que comprovasse o assédio e, conseguiu. Na gravação o professor disse que “ia deixá-la em paz, mas não ia deixar de querê-la”.
O caso foi comunicado a mãe da aluna, que não escondeu sua indignação e revolta com o caso.
O professor é servidor do município desde 2010, tendo sido aprovado na 18ª colocação do concurso público para educação física. Ele foi afastado da sua função e a Secretaria de Educação já está tomando as medidas administrativas cabíveis ao caso.
O caso está sendo investigado pelo delegado titular Ronaldo Aparecido. O professor foi ouvido e já foi liberado.
DIREÇÃO
Na tarde de hoje, o A VOZ DA CIDADE conversou com os diretores da escola. Eles comentaram que por volta das 17 horas de ontem, a jovem apareceu assustada na direção relatando o fato. Ela levou consigo um áudio e o professor logo foi chamado. “Eles não ficaram no mesmo ambiente, pois a aluna ficou muito nervosa. Quando comunicamos o fato a ele e mostramos o áudio, ele ficou estático e inicialmente sem palavras. Não havia o que dizer e ele comentou que gostaria de pedir desculpas”, disseram os diretores. “Logo, a mãe da jovem chegou, também muito nervosa, e comunicamos o fato a Secretaria de Educação, que acionou a polícia”, completa.
A direção da escola comenta que o dia de aula hoje foi normal e os estudantes não comentaram com eles o caso. “Sabemos que todos estão cientes e que, com certeza, estão comentando entre eles. Mas hoje mesmo vamos conversar com todas as turmas sobre o que aconteceu, por orientação do próprio delegado, para saber se mais alguma criança passou por esse tipo de situação dentro da escola”, comentou a diretora, pedindo que, caso sim, os estudantes e/ou os familiares avisem na instituição para que o caso seja levado a polícia.
Sobre o professor, os diretores explicaram que ele está no colégio há dois anos e que nunca tiveram nenhum tipo de problema com o mesmo, que agora está afastado e será investigado.