VOLTA REDONDA/ESTADO
Uma planilha apreendida na casa do deputado licenciado e preso Edson Albertassi, do PMDB, veio à tona. Ao que tudo indica, ela revela como cargos políticos eram distribuídos para atender, segundo a investigação, a um esquema de corrupção do governo do Rio de Janeiro. Albertassi foi preso depois da Operação Cadeia Velha, no mês de novembro, que investiga o recebimento de propinas por parte de parlamentares de empresários do setor do transporte. Assim como ele, Jorge Picciani e Paulo Melo, do mesmo partido, também estão na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio. Todos, desde o dia 21 do mês passado.
Segundo reportagem do Jornal Nacional na noite de quarta-feira, para investigadores o documento demonstra como deputados mantinham o controle sobre nomeações de cargos do governo. De acordo com investigadores, a planilha, que estava em um computador de Albertassi, servia para monitorar votos de aliados, interferir em leis ou investigações.
A planilha de 2015 tem 16 páginas, com nomes de políticos discriminados por cidades, local da indicação, cargo e até o nome da pessoa indicada. Nesse documento são 880 vagas de seis órgãos públicos estaduais, distribuídas por todas as cidades. Aparecem 64 deputados, a maioria do PMDB, vereadores e até secretários de estado. Para os investigadores, a planilha será como prova que os parlamentares operavam barganha com cargos.
Cruzando as informações, os investigadores descobriram que dos quase 39 deputados que votaram a favor da soltura dos três no mês de novembro, 29 estão no documento. Dois oito que não participaram da sessão, seis deles indicaram apadrinhados, segundo planilha.
Segundo a assessoria de Edson Albertassi, em resposta ao A VOZ DA CIDADE, não há nada de ilegal no processo de indicações políticas. “Como líder do governo, o deputado Edson Albertassi apenas acompanhava a relação das pessoas indicadas para vagas na estrutura administrativa do governo. É uma prática comum em todas as Assembleias Legislativas e no próprio Congresso Nacional. Não há nada de ilegal neste processo”, diz a nota enviada. Na planilha do deputado seu nome aparece 81 vezes.
DEPUTADOS DA REGIÃO
A planilha achada no computador de Albertassi menciona 64 deputados. Alguns deles são do Sul Fluminense. Gustavo Tutuca, do PMDB, é um deles. Seu nome aparece 18 vezes na lista. Em resposta, o deputado disse que não há nenhuma ilegalidade nas indicações realizadas. “São cargos de livre nomeação e exoneração, e todas as indicações respeitaram os requisitos solicitados e qualificação para ocupação dos cargos, estando sujeitos às leis e avaliações dos serviços prestados”, disse o deputado. Ana Paula Rechuan, que voltou a ser suplente, também do PMBM, aparece 12 vezes. Também em nota, a médica cardiologista e suplente, esclarece que “todas as indicações políticas feitas para cargos públicos, junto ao Governo do Estado, foram pautadas pela capacidade técnica para as funções a serem exercidas. “Sempre pautei meu mandato dentro da legalidade e da ética, apresentando projetos e votando de forma livre e independente”, disse.
O nome de Nelson Gonçalves, PSD, suplente, aparece cinco vezes na lista, porém, em nenhum dos casos há uma pessoa indicada. Em nota, disse que: “conforme pode ser observado na lista apresentada, não há nenhum nome indicado por mim, para os cargos citados no mesmo documento”.
Em nota, o deputado André Correa (DEM), de Valença, disse: “Não há nada de ilegal sugerir pessoas corretas para contribuir no serviço público ! Isso é assim aqui e em qualquer lugar do mundo”. O nome de André aparece 20 vezes na planilha.
As assessorias dos deputados José Luiz Anchite (PP) – cujo nome aparece seis vezes; e André Ceciliano (PT) – nome aparece 14 vezes e com vida política iniciada em Paracambi; não foram encontradas ou não enviaram as respostas dos citados até o fechamento desta edição.
Os nomes que mais aparecem na lista são de Picciani, Paulo Melo e do próprio Albertassi.
*Confira a planilha apreendida no computador de Albertassi com os nomes dos deputados
(Fonte: g1.com.br)
4 Comentários
“Sempre pautei meu mandato dentro da legalidade e da ética”
Muito bonito isso, hein???
Sem comentários, estes políticos são uma piadas, são anjos que caíram na terra ”opa na terra não na câmara, só rindo
Tudo isso parece uma maracutaia generalizada, tem que investigar pra botar os corruptos na cadeia.
Não vejo nada de errado em empregar pessoas… Vocês Brasileiros estão destruindo a sociedade… Lula ajudou milhares de pessoas pobres e vocês o descriminam.. deputados empregam pessoas, e vocês descriminam… vocês reclamam de tudo, sociedade hipócrita de merda