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PF prende quatro suspeitos em operação contra fraudes milionárias em empréstimos da Caixa

Segundo as investigações, grupo criminoso pode ter desviado mais de R$ 20 milhões; ações aconteceram nos estados do Piauí e Maranhão

Por Andre
14 03 2023 banco caixa movimento comercio gabriel borges (1)
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BRASÍLIA

Quatro pessoas suspeitas de fraudar operações de crédito concedidas pela Caixa Econômica Federal a mais de uma centena de empresas foram presas, na manhã desta quarta-feira, dia 6, pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Smart Fake.

Além das prisões temporárias, os agentes federais cumpriram ainda 12 mandados judiciais de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais relacionados aos investigados nas cidades de Teresina e Pedro II, no Piauí; e em Timon, no Maranhão.

As ordens judiciais foram autorizadas pela 3ª Vara da Justiça Federal, que determinou também o sequestro de bens dos suspeitos. Eles integram um grupo criminoso investigado de desviar mais de R$ 20 milhões dos cofres públicos.

Segundo PF, a apuração do suposto esquema começou com a denúncia feita por um empresário da capital do Piauí, Teresina. Segundo a corporação, o denunciante revelou que os investigados pediram a Caixa um crédito fraudulento para sua empresa.


Ainda segundo o empresário, todos os trâmites burocráticos para que o banco público concedesse o dinheiro foi intermediado por uma pessoa posteriormente identificada pelos investigadores e que, para a obtenção do crédito à empresa do denunciante, apresentou documentos falsos, fraudando inclusive o faturamento da empresa.

A partir da identificação do intermediário, os policiais federais descobriram outros contratos irregulares, firmados desde 2022. Já foram identificados 179 contratos suspeitos feitos com 115 Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJs). Algumas empresas se destacaram pelo volume de empréstimos inadimplentes, acima de R$ 800 mil cada uma.

Além da falta de pagamento de empréstimos concedidos pela Caixa, os investigadores também detectaram movimentações suspeitas e outras inconsistências e irregularidades, como o fato dos CNPJs de várias das empresas estarem baixados ou inaptos na Receita Federal.

Os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato qualificado, organização criminosa, falsificação de documentos, além de outros que sejam identificados no decorrer da investigação. (*Com informações da Agência Brasil).

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