PARATY
Combater abusos sexuais infantis cometidos por um homem, de 29 anos, e uma mulher, de 31, contra seus próprios filhos, um menino, de seis anos, e uma menina, de um ano e três meses, em Paraty. Esse foi o principal objetivo da operação denominada “Non Matri” deflagrada na manhã desta quinta-feira, dia 5, pela Polícia Federal de Angra dos Reis (DPF/ARS). Contra os suspeitos foram cumpridos dois mandados de prisão, e dois de busca e apreensão deferidos pela Justiça Federal.
De acordo com o delegado da PF de Angra dos Reis, Clayton Lúcio Santos de Souza, além de abusar dos próprios filhos, o casal divulgava as cenas dos abusos na internet. Ainda segundo o delegado, as investigações foram iniciadas a partir de informações repassadas pela Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) ao Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (Sercopi/PF).
“O casal divulgava as imagens na internet e para pessoas específicas em troca de remuneração. As investigações continuam para apurar envolvimento de outras pessoas nesse crime. As crianças serão destinadas à parentes”, informou o delegado.
APURAÇÃO DO CASO
O delegado informou ainda que, os policiais federais apuraram vídeos divulgados no exterior de abusos sexuais cometidos contra crianças que seriam brasileiras. Durante as investigações, a Polícia Federal identificou a mãe e as vítimas, todos moradores de Paraty, onde os crimes eram cometidos.
O casal, de acordo com a PF, responderá pelos crimes de estupro de vulnerável, artigo 217-A do Código Penal, e compartilhamento e armazenamento de pornografia infantil, respectivamente os artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente. Caso sejam condenados, mãe e pai podem pegar pena máxima de 25 anos de prisão.
O nome da operação, “Non Matri”, significa “não é mãe” em latim. Durante a ação, os agentes apreenderam quatro celulares, câmera filmadora e equipamento de filmagem.