Pai é condenado a 13 anos pelo assassinato da filha, em Barra Mansa

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BARRA MANSA

Geovanne Lucas da Silva, de 29 anos, foi condenado na quarta-feira, dia 20, pela Justiça de Barra Mansa, a 13 anos e quatro meses de prisão, pelo assassinato da filha de apenas dois meses, em 21 de janeiro de 2016. O crime aconteceu no bairro Vista Alegre.

No momento do crime, a mãe, estava na igreja. O pai, Geovanne, prestou depoimento na 90ª Delegacia de Polícia (DP), no dia seguinte ao ocorrido; após acompanhar sepultamento da filha escoltado pela polícia.

Geovanne deu entrada com a filha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na noite do dia 19. A recém-nascida estava sem os sinais vitais e, diante disso, uma enfermeira compareceu a 90ª DP para registrar um boletim para verificação das causas da morte.

A Polícia Civil então pediu uma necropsia, suspeitando maus tratos. O exame foi realizado no Instituto Médico Legal (IML) de Três Poços, em Volta Redonda. O fato foi confirmado pelo médico legista na manhã seguinte, afirmando que Giovanna havia sofrido um traumatismo craniano.

Após determinação do delegado, a Polícia Civil iniciou a busca por Geovanne, que foi localizado e levado ao IML, onde ao ser informado sobre a causa da morte, permaneceu calado e em seguida negou as agressões, desconhecendo a causa do óbito.

DEPOIMENTO NA DELEGACIA

Durante o depoimento, Geovanne apresentou seis versões do ocorrido, e na última, confessou ter matado a criança com golpes na cabeça. Em entrevista ao jornal A VOZ DA CIDADE, o delegado responsável pela investigação na ocasião, Michel Floroschk, explicou que nenhuma das versões coincidiu com o resultado do exame. “Na primeira versão, ele afirmou que a filha teve uma convulsão, e que ele bateu a cabeça dela na porta do carro quando a levava para a UPA. Em outra tentativa, ele falou que bateu a cabeça dela na caixa do correio. A terceira versão apontou que ele bateu a cabeça da menina na cômoda. Na quarta e quinta, ele disse que deixou a menina cair, em uma delas, enquanto colocava a camisa para socorrê-la”, explicou o delegado. Após insistência, Geovanne acabou confessando que agrediu a filha.

“Ela estava dormindo, e acordou chorando, então dei o bico e ela voltou a dormir. Dez minutos depois ela voltou a chorar muito, então eu comecei a fazer massagem nela, que começou a se retorcer. Então, vi que ela estava esquisita”, contou o pai ao delegado, completando que Giovanna começou a mexer e espumar pela boca após as tentativas de reanimação. “Eu abaixei a menina um pouco e bati na sua cabeça”, completou, na ocasião, o pai ao policial, dizendo que deu três golpes na cabeça de Giovanna, acreditando que ela pararia de chorar.

Michel desde então não tinha duvidas de que Geovanne assumiu o risco de que causaria a morte da filha com os golpes, e diante disso, deu voz de prisão ao homem, que responde pelo crime de homicídio doloso qualificado por motivo fútil.

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