BARRA MANSA
Nesta semana a Petrobras informou que aumentará o preço médio da gasolina e do diesel em suas refinarias em 5% e 4%, respectivamente. A mudança foi tomada devido à alta do petróleo nas últimas semanas e a recente desvalorização do real perante o dólar. O repasse desses reajustes nas refinarias para os consumidores finais nos postos não é certo, pois depende de várias questões, como, por exemplo, a margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.
No dia 15 de dezembro, em meio a outra alta de preços de combustíveis, a Petrobras já havia aumentado o preço da gasolina e do diesel, em 3% e 4%, respectivamente. Com o reajuste de 4%, o preço médio do diesel, combustível mais vendido do Brasil, será de R$ 2,02 por litro. Em 2020, no total, a redução do valor é de 13,2%, de acordo com a Petrobras. Quanto ao preço da gasolina para as distribuidoras, a redução em 2020 é menor, de 4,1%. Para esses, o valor médio da gasolina será de R$ 1,84.
De acordo com o gerente de um posto de combustíveis, que não quis se identificar, o estoque ainda está com preço antigo, por isso, não se pode afirmar quando o preço com aumento será repassado. “Fizemos um grande estoque para o final do ano, e o preço não foi reajustado, então, é preciso esperar chegar um novo carregamento para que façamos uma avaliação se o preço será repassado ao consumidor”, destaca.
O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, também comentou sobre a diferença entre os preços da Petrobras e a alta do mercado externo e destacou que as importações por agentes privados continuam inviabilizadas. “A estatal afirma que a precificação segue a paridade de importação, influenciada por fatores como o câmbio e as cotações internacionais do petróleo”, destaca.