RIO DE JANEIRO
Pesquisa do Sebrae Rio, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Novo Caged, aponta que mesmo diante da crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, as micro e pequenas empresas (MPE) do Rio de Janeiro fecharam menos postos de trabalho e contrataram mais que as médias e grandes empresas (MGE) do estado do Rio de Janeiro. Enquanto as MGEs fecharam vagas em todos os meses do ano (janeiro a agosto), as MPEs apresentaram saldo positivo nos meses de fevereiro (4.992 vagas), julho (2.238 vagas) e agosto (7.605 vagas). Já as MGEs fecharam 8.789 vagas com carteira assinada, em julho, e 1.894 vagas, em agosto. Esse resultado reforça a importância dos pequenos negócios para a recuperação da economia.
O setor da indústria dos pequenos negócios contribuiu para alcançar esse saldo positivo. Em agosto de 2020 foram gerados 3.410 novos empregos. Esse é o melhor resultado para o mês de agosto desde 2011, quando foram criados 3.575 empregos formais. Em segundo lugar, o comércio também apresentou recuperação e contratou 2.699 pessoas no mês de agosto. As MPEs das cidades do Rio de Janeiro (2.282 vagas), Duque de Caxias (873 vagas), Nova Iguaçu (693 vagas) e Niterói (434 vagas) foram as que mais abriram vagas com carteira assinada, em agosto.
FECHAMENTO DE POSTOS DE TRABALHO
No acumulado de janeiro a agosto, as MPEs fecharam 90.288 postos de trabalho. Desse total, os donos dos pequenos negócios do comércio (39.860) e serviços (31.563) fecharam mais vagas em todo o estado. Já as MGEs encerraram 97.664 vagas.
Os municípios onde as micro e pequenas empresas mais finalizaram postos de trabalho foram Rio de Janeiro (-54.905), Niterói (-4.278), Petrópolis (-3.490) e Cabo Frio (-2.447). Ao todo, o estado fechou 188.280 cargos de trabalho formais nos oito primeiros meses do ano, resultado bem diferente do apresentado no mesmo período do ano passado, onde foram criadas 3.240 vagas. Esse é o pior resultado do estado na série histórica compreendida entre 2007 e 2020.