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Parque Nacional do Itatiaia bate dois recordes seguidos de temperatura de –11,8C

Por Cyntia Freitas
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ITATIAIA

Pelo segundo dia consecutivo, o Parque Nacional do Itatiaia registrou a menor temperatura negativa do Brasil, – 11,8ºC. O registro aconteceu na madrugada desta quarta-feira, dia 19.

De acordo com a direção da reserva a mínima foi registrada às 2h44min, na Estação Meteorológica, próximo a próxima à nascente do Rio Campo Belo. Nesta área está situado o Pico das Agulhas Negras, ponto mais alto do Estado do Rio de Janeiro e o quinto mais alto do Brasil. Esta foi a segunda temperatura mais baixa nesta semana no país. Na terça-feira, foi registrada às 4h34min, também próxima à nascente do Rio Campo Belo, -11ºC.

Poças d’água chegaram a congelar – Demilson Rodrigues

Com a baixa temperatura, o Rio Campo Belo ficou coberto por uma fina camada de gelo. Até as poças de água chegaram a congelar.

Novamente, parte da reserva ficou tomada por “Agulhas de gelo”, o fenômeno chamado “Needle ice”.

O guia Demilson Rodrigues, fez registro deste cenário na parte alta do bioma.

Agulhas de Gelo também se formaram com a baixa temperatura – Demilson Rodrigues

BRIGADISTAS CONTINUAM O COMBATE AO INCÊNDIO

O combate ao incêndio ao Parque Nacional do Itatiaia chega ao sexto dia.  Segundo o gestor do parque, Felipe Mendonça, nesta quarta-feira, cerca de 36 brigadistas, do Corpo de Bombeiros, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama – PrevFogo) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Parquetur, concessionária que administra o parque, além de voluntários continuam os trabalhos para conter o fogo na área de difícil acesso. As equipes contam com dois helicópteros. “Durante a madrugada de terça para quarta-feira houve uma piora em alguns focos na face Sul do Morro do Couto, de difícil acesso. Com isso, os brigadistas do ICMBio, Ibama e Brigada voluntária Esquadrão Guará, fizeram o acesso e combate por terra, ao passo que duas aeronaves, uma do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e outra do Exército Brasileiro, apoiaram com uso do Bumbi Bucket, equipamento que lança água. Adicionalmente, outras equipes fizeram rescaldo e monitoramento em outras linhas para evitar que possíveis reignições ganhassem força”, explicou Mendonça, informando que o efetivo tem 64 pessoas, entre a logística e os combatentes.


Ainda não há previsão para que a parte alta do parque seja reaberta para visitação. Ela permanecerá fechada até esta quinta-feira, dia 20.A direção e a Parquetur estão estudando uma data para abertura com segurança.

Brigadistas continuam o combate ao fogo nos locais de difícil acesso na parte alta da reserva – Divulgação PNI

PERDAS

O gestor do Parque, Felipe Mendonça ainda falou sobre as perdas na reserva em razão ao incêndio. “As perdas são difíceis de se dimensionar porque, além da perda da biodiversidade com espécies raras e endêmicas, que muitas desconhecemos, há impactos cumulativos e de longo prazo que ainda não conseguimos prever. Há o impacto à paisagem e à visitação, com a degradação de trilhas e áreas de escalada. A destruição e fragmentação de habitats com impacto direto à fauna e à flora”, explicou o gestou. Ele ainda informou que outro aspecto importante é a perda de solo. “Os solos das áreas de montanha são fortemente afetados por incêndios florestais, especialmente pelas altas declividades que favorecem a formação de processos erosivos com a ação dos ventos e das chuvas”, complementou.

200 HECTARES DE ÁREA QUEIMADAS

O fogo atingiu uma área de 200 hectares, o equivalente a 200 campos de futebol. Desde sexta-feira, dia 14, quando a reserva completou 87 anos de fundação, a operação de combate às chamas é realizada.

Felipe Mendonça ainda informou que foi aberto procedimento administrativo interno para apuração de causa e origem do incêndio. “Foi feito o isolamento da área onde teve início da ocorrência; identificação dos vídeos das câmeras de monitoramento da região e mapeamento da área com o uso de drone com câmera de infravermelho”, esclareceu.

“Seguimos na realização da perícia técnica para determinar causas do incêndio. Da mesma forma, o ICMBio está fazendo vistorias nos locais afetados levantando as perdas materiais ocasionados pelo incêndio para juntar aos autos do processo”, complementou.

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