ESTADO
Em novembro de 2023, descontados os efeitos sazonais, a produção industrial mensal (PIM) nacional registrou variação de +0,5% em relação ao mês anterior, reforçando o ritmo de baixo dinamismo observado nos últimos meses. Mesmo com o saldo positivo do mês, a indústria brasileira manteve inalterado o quadro de paralisia.
Ainda há desafios a serem superados. Em especial, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) reitera a importância da redução do risco país para a implementação de cortes mais intensos da taxa Selic. É crucial, portanto, o compromisso firme com as metas fiscais estabelecidas sem onerar o setor produtivo.
“A busca pela execução dessas metas deve manter o foco na redução e na melhoria da eficiência dos gastos públicos. Um caminho contrário a esse reduzirá a competitividade das indústrias e colocará em risco a criação de empregos e o aumento da renda de uma maneira sólida e consistente”, alerta o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.
De janeiro a novembro de 2023, a variação praticamente nula (+0,1%) realça os efeitos deletérios da alta de juros. Entre os macrossetores industriais mais impactados, destacam-se os bens de capital, que registraram queda de 10,7% no acumulado até novembro de 2023.
Apesar da letargia que marca 2023, observou-se um avanço na confiança dos empresários industriais, principalmente devido a uma avaliação menos negativa das condições atuais. A aprovação da reforma tributária foi de fato um passo positivo na direção de solucionar o complexo sistema em vigor.