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Paes defende volta da Geral ao Maracanã, numa nova concessão do estádio  

Por Carol Macedo
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RIO


O candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, se reuniu hoje com a diretoria do Flamengo, na sede do clube, na Gávea. Paes conversou com o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, e o vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba, e ouviu da diretoria do Flamengo o interesse em participar de uma nova concorrência para gerir o estádio do Maracanã. Paes disse que, se eleito, não descarta refazer a concessão dando preferência aos clubes do Rio. O candidato disse ainda que, na hipótese de uma nova licitação, ele quer garantir a volta da geral, área popular do estádio, com ingressos mais baratos, que foi retirada com as obras de reforma do estádio.
“Sabemos que um dos maiores imbróglios do estado hoje é o Maracanã. Essa concessão que não se resolve. Nem quem ta lá toca (a gestão), e nem se decide quem vai entrar. Sempre defendi que os clubes cariocas tivessem  protagonismo. Fiquei muito feliz de vir aqui e ver o balanço da gestão do Flamengo. Ouvir do presidente Bandeira e do Ricardo a possibilidade do Flamengo participar deste processo de concessão, inclusive incluindo os outros clubes, para que os clubes tenham protagonismo no que vai ser o destino do Maracanã”, afirmou Paes.
O candidato do Democratas defendeu a volta da geral ao Maracanã, o que possibilitaria baratear os ingressos para a população. Vascaíno de coração, Paes disse ainda que espera que Flamengo e Fluminense possam participar desse processo, uma vez que esses clubes ainda não tem estádios. Mas isso não impediria, diz o candidato, que outros clubes do Rio fizessem o mesmo. “É impossível, e eu venho dizendo isso há muito tempo, a gente ter uma concessão no Maracanã que seja só para uma empresa. Que atenda só a interesses empresariais. Esse é um aspecto importante. Devolver (a Geral) à população de nosso estado e aos torcedores, do Flamengo e Fluminense, nesse caso, porque são os dois clubes que não tem estádio. Isso não quer dizer que o Vasco e o Botafogo não possam se utilizar do Maracanã, mas que a gestão possa ser feita a partir dessa experiência positiva do Flamengo, do Maracanã atendendo aos interesses dos clubes e não o interesse das empresas”, destacou.
Para reforçar o seu ponto de vista, de que os clubes precisam ter protagonismo na administração do Maracanã, Paes fez uma comparação com o Sambódromo e o mundo do Samba. “O Maracanã é um prédio muito simbólico e muito importante. Mas quem faz a razão de ser do Maracanã é Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo. É o futebol brasileiro. São os clubes de futebol. Faço aqui até uma comparação com o Sambódromo. Se não tiver Portela, Salgueiro, Beija-Flor, Sambódromo é uma construção. O fundamental é que o protagonismo do Maracanã, da gestão e objetivos do Maracanã, seja dos clubes. E o Flamengo mostra aqui, nesse caminho que a gente vem vendo de modernização da gestão, uma enorme capacidade de assumir o estádio, participar de uma concessão. Queremos que os clubes tenham protagonismo, inclusive com essa boa notícia de poder voltar a ter uma geral. Permitindo preços mais baratos para que a população possa voltar a frequentar os estádios”, finalizou.

 

 

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