ANGRA DOS REIS
Cerca de 2,2 mil homens das Forças Armadas fizeram nesta quinta-feira uma operação em oito comunidades de Angra dos Reis. Até o fechamento desta edição, a polícia não havia concluído o balanço da operação, mas informou que 11 homens foram detidos, além de apreendida farta quantidade de armas, munições, drogas e dinamites que ainda seriam contabilizadas. Uma pessoa foi encontrada morta durante a ação.
Segundo informações do Comando Conjunto das Forças Armadas, a ação envolveu cerco, patrulhamento, remoção de barricadas, revistas de pessoas e checagem de antecedentes criminais. As ações foram realizadas nas comunidades do Parque Belém, Areal, Sapinhatuba (I, II e III), Lambicada, Camorim Grande e Camorim Pequeno, onde vivem aproximadamente 23 mil pessoas.
Um dos detidos foi Marcos Roberto Coutinho dos Santos, único que teve o nome divulgado. A polícia encontrou em sua residência, no bairro Camorim Grande, 63 bananas de dinamites, cerca de 20 metros de cordel para detonação, um rádio comunicador Baofeng e um carregador para o mesmo rádio, além de três aparelhos celulares e uma farda da Polícia Militar. Os demais materiais que foram apreendidos durante a operação em outros locais foram um carregador de fuzil, cinco granadas caseiras, dois radiocomunicadores, dois celulares, um coldre de pistola, duas motocicletas e grande quantidade de drogas.
Segundo o Comando Militar do Leste, um corpo foi encontrado na comunidade de Sapinhatuba II, possivelmente vítima de um confronto entre facções na noite anterior.
Participaram da ação cerca de 2,2 mil militares, 160 policiais militares e 70 policiais civis. A operação começou de madrugada e contou com o apoio de blindados e aeronaves. Além das prisões e apreensões, eles revistaram 2,1 mil pessoas, nas comunidades. Também foram removidas barricadas montadas por traficantes. Os militares também verificaram denúncias de atividades criminosas, em especial de tráfico de drogas, e cumpriram mandados judiciais.
As Forças Armadas distribuíram folhetos impressos pedindo a colaboração da população e ofereceram dois canais para receber as denúncias: o telefone 0300-253-1177 e o e-mail [email protected]. A ação foi uma das medidas da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.