VALENÇA
A qualidade dos queijos e derivados lácteos que são produzidos em Valença recebeu mais um reconhecimento nacional. Entre os dias 15 e 18 de setembro aconteceu o a segunda edição do Mundial do Queijo do Brasil. Para participação no evento, o Sebrae Rio levou 23 produtores queijos do Estado do Rio de Janeiro, e oito produtos do município conquistaram medalhas.
O Concurso Mundial de Queijos e Produtos Lácteos tem como principal objetivo reconhecer os melhores queijos do mundo, avaliados por uma comissão de jurados brasileiros e estrangeiros. Com os concursos chancelados pela Guilde Internationale des Fromagers, o Mundial é a única premiação nacional que contempla produtores artesanais e industriais
O Concurso Mundial de Queijos e Produtos Lácteos contou com representantes de 11 países (Brasil, México, Panamá, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Inglaterra e País de Gales), totalizando 1.133 produtos inscritos, julgados por 180 jurados.
Os produtos vencedores foram decididos por uma mesa de jurados, que devem argumentar o porquê de seu queijo favorito merecer ganhar e angariar votos dos demais jurados. Para serem aprovados, os jurados precisavam avaliar quatro princípios: características exterior e interior, textura, aromas e sabores.
A queijaria Capril do Lago ganhou quatro medalhas: a de prata como queijo Caprinus do Lago; três medalhas de bronze com os queijos Boursin do Lago, Brie-tô, e o Belladona do Lago.
Já a queijaria Du’vale conquistou duas medalhas: uma de ouro, com o queijo Pérola Negra e uma de prata, como queijo de mesmo nome.
O Ateliê Du Queijo também conquistou duas medalhas. Sendo uma de ouro, como seu iogurte natural e medalha de bronze, como doce de leite.
O produtor rural valenciano Fabricio Vieira disse que as premiações reforçam o valor histórico de Valença da produção de bons queijos. “Uma série de fatores contribuiu para chegar a esse momento. As únicas queijarias premiadas do Estado são de Valença, que reforça o valor histórico do município. Também é preciso lembrar que a nova lei do queijo possibilitou que nossos produtos fossem vendidos para todo o Estado. Estou vibrando porque fomos a queijaria mais premiada no Mundial do Estado do Rio de Janeiro. Um trabalho que começou quando eu tinha 12 anos de idade, e que de dois anos para cá ganhou uma pegada mais profissional. Essas premiações e as certificações abrem portas para o pequeno produtor, agregar valor à sua marca e garanti uma vantagem competitiva”, comemorou produtor.
Preciso lembrar um pouco do passado. Em 1976, havia o êxodo rural. Meus pais saíram do interior para uma cidade maior. Hoje, voltei às minhas origens. Estamos muito felizes com o resultado. Começamos a produzir um novo conceito de queijo artesanal. Essa medalha é muito importante, não só para o estado, já que Valença é a segunda maior produtora de leite do estado. Estamos participando de concursos mundiais e já ganhamos três medalhas. Nos dias de hoje, não basta apenas saber fazer o queijo, precisamos ter expertise. A estratégia e o marketing dependem de uma série de conjuntos para obtermos o sucesso esperado”, celebra o produtor rural, Rodrigo Duvale.