BARRA MANSA
A Organização e Integração de Conscientização Negra de Barra Mansa (OICN) realizará nesta sexta-feira, 20, o lançamento do grupo “Jongo Cafezal”. De acordo com a presidente da OICN, Silvana Carvalho, o objetivo da iniciativa seria resgatar a ideia dos grupos de Jongo que existiam em Barra Mansa há 50 anos, além de mostrar o valor e significado da dança de roda de origem africana. Para participar do lançamento basta acessar o link de inscrição: https://bit.ly/inscri%C3%A7aojongocafezal.
A instituição visa resgatar a história e cultura da população negra através de iniciativas, além de valorizar e respeitar todas as ações já realizadas. De acordo com a presidente, para a criação do grupo de Jongo, a instituição que também é voltada para cultura, realizou uma pesquisa para resgatar a tradicional dança que já existiu na região. “Através das pesquisas, chegamos a senhora Percília, de 80 anos, que dançou em um grupo de Jongo daqui de Barra Mansa, há 50 anos. Conversamos com ela para saber o funcionamento do grupo naquela época e conhecer a história do Jongo na cidade”, disse, acrescentando que regatar essa história e cultura é um ato de resistência, fortalecendo a luta dos negros ainda contra o preconceito, o racismo estrutural e institucional.
De acordo com ela, a formação do Jongo Cafezal já estava prevista há um tempo e sua realização só está sendo possível agora, devido aos recursos disponibilizados pela Lei Aldir Blanc, que serve como um apoio emergencial ao setor cultural diante do estado de calamidade pública decretado pela União em função da pandemia da Covid-19.
PRIMEIRO ENCONTRO
Foi realizado na última segunda-feira, 16, às 19 horas no Parque Natural Municipal Centenário, no Centro, o primeiro encontro com alguns intrigantes que dançaram e conversaram sobre o lançamento desta sexta-feira. O “Jongo Cafezal”, será orientado pelo Mestre Geraldinho do grupo “Jongo de VOLTA”. A presidente da OICN informou que participou da iniciativa somente um pequeno grupo representando os demais, visando evitar a propagação da Covid-19.
OUTRAS INICIATIVAS
Silvana contou que o grupo, através de pesquisas, elaborará um material para mostrar a história e cultura negra de Barra Mansa. O conteúdo será disponibilizado em algumas instituições de ensino e aos que se interessarem “As escolas ainda não trabalham na integralidade a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as instituições, sendo públicas ou particulares, do Ensino Fundamental até o Médio. Então, esse material contribuirá para o conhecimento e ensinamento aos alunos. Além disso, defendemos que esse conteúdo seja disponibilizado nas diversas disciplinas e durante o ano letivo, não só na semana do dia 20 de novembro, que se comemora o Dia da Consciência Negra”, finaliza Silvana.