BARRA MANSA
As obras no Corredor Cultural de Barra Mansa, que foram iniciadas em novembro de 2017, tinham previsão de entrega em 12 meses. Após um ano e meio as obras ainda estão acontecendo, e os barra-mansenses que se deparam com o local cercado por telhas, se perguntam o que já foi feito e o motivo da demora. Para responder a esses questionamentos, o A VOZ DA CIDADE conversou com o presidente da Fundação Cultura, Marcelo Bravo. Segundo ele, toda parte de demolição foi concluída, 50% do emboço e pintura já foram realizados, oito dos nove canteiros estão prontos e cerca 20% do piso já foi instalado.
Marcelo conta que existe um novo prazo para a entrega parcial da obra, mas ele explica que não é um prazo oficial, e, sim estimado. “A nossa estimativa é que a entrega seja feita em setembro, mas essa previsão é apenas para a parte da antiga Rua Custódio Ferreira Leite. As laterais do Parque Centenário (Jardim das Preguiças) e a alameda, que é a parte de trás, vão precisar de mais tempo para a conclusão”, informou, completando que as fortes chuvas que atingiram o município neste ano, protelaram a obra. “O antigo prazo era em maio, após liberarem o recurso no final do ano passado”, disse.
Bravo ainda explicou o motivo da obra não ter sido entregue no prazo inicialmente definido. “Durante um ano sofremos com problemas burocráticos com o banco que repassa a verba do Ministério das Cidades”, expôs, relatando que os recursos são repassados de acordo com a medição do que já foi feito. “Houve a primeira medição da obra, a segunda e terceira, mas o primeiro pagamento da empresa foi feito apenas no segundo semestre de 2018”, ratificou, acrescentando que a obra foi paralisada em junho do ano passado e voltou em outubro, quando finalmente o dinheiro foi pago.
O QUE JÁ FOI FEITO E O QUE FALTA
Segundo Bravo, dos nove canteiros, oito já estão prontos, pois o último ainda não foi construído para que o espaço esteja livre para o maquinário. Além disso, foram implantados os eletrodutos, que é a parte da instalação elétrica dos postes e iluminação do prédio. A calçada, em frente ao Jardim das Preguiças e na lateral esquerda, também já está recebendo o concreto do piso. De acordo com o secretário, 20% do calçamento foram realizados. “O chão está sendo feito a base de concreto, que é carimbado, imitando o granito”, observou.
Marcelo Bravo ainda explicou que os canteiros foram posicionados para evitar que veículos entrem na área, e, que eles foram construídos com uma espessura larga para servirem de banco. O presidente da Fundação Cultura ainda alertou que o Corredor Cultural não servirá para eventos grandes. “Não é um local para palcos ou veículos e sim para pequenos eventos, como, por exemplo, uma feira, teatro de rua, capoeira, roda de rima, entre outros”, alertou.
Já sobre a pintura do prédio, Bravo explicou que para escolher as cores, foi feita uma prospecção estratigráfica, que é a raspagem das camadas de tinta, para descobrir qual era a cor original. “A pintura está sendo feita de acordo com o que era quando foi prédio foi construído. As janelas passaram pelo mesmo processo para saber a cor original”, informou, completando que 50% do prédio já foi pintado.
Contudo, além da finalização do último canteiro, do restante do calçamento e pintura, também falta a parte de paisagismo. Bravo ainda relatou que a Secretaria de Planejamento Urbano é responsável pela gestão e a Secretaria de Manutenção Urbana pela fiscalização.
INVESTIMENTO DA PREFEITURA
Além da obra do Corredor Cultural, a Prefeitura de Barra Mansa, com apoio da Fundação Cultura, está realizando com recursos próprios algumas manutenções no interior do Palácio Barão de Guapy, como por exemplo, a pintura, climatização e acessibilidade interna, além da recuperação de algumas portas.
Outro investimento que vem sendo feito pela prefeitura, é no interior do Jardim das Preguiças, que é uma iniciativa em conjunta do Serviço Autônimo de Água e Esgoto (Saae), Secretaria de Manutenção Urbana, Secretaria de Cultura, Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Planejamento Urbano. “Esses cinco setores se juntaram, para fazer a revitalização do interior do parque. Está sendo realizada a manutenção da iluminação, tapa buraco da pista, drenagem, desratização dos bueiros, recuperação das telas da grade e poda das árvores”, relatou, concluindo que ainda falta a poda das árvores de grande porte, pois necessita de equipamentos específicos. “Essas árvores estão mortas e escoradas em outras árvores, precisamos fazer a supressão de unidade arbórea, já que elas estão condenadas”, finalizou.