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O equilíbrio entre respeito e limites na educação de crianças e adolescentes

Por Carol Macedo
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Assim como os pais devem ser firmes ao estabelecer limites, é igualmente crucial que respeitem a individualidade e os sentimentos da criança. Ouvir suas opiniões, considerar suas emoções e permitir que elas expressem suas necessidades são práticas essenciais para que uma criança sinta que tem valor e importância no contexto familiar. Quando o respeito é recíproco, a relação entre pais e filhos torna-se mais colaborativa, evitando os conflitos e aumentando a cooperação.

O respeito pelos limites não apenas protege a criança, mas também ensina valores importantes, como o entendimento de que suas ações consequências têm e que o respeito pelo espaço e pelo direito dos outros é fundamental para uma convivência harmoniosa. Assim, a construção de uma relação baseada no respeito mútuo serve como base para o desenvolvimento de uma criança independente, segura e capaz de lidar com os desafios que a vida irá oferecer.

Para manter uma comunicação eficaz e respeitosa você pode

Descrever o comportamento da criança sem usar críticas ou rótulos. Por exemplo, em vez de dizer “Você é bagunceiro”, diga “Percebo que seus brinquedos estão espalhados pela sala”.

Ensinar a criança a reconhecer e expressar seus sentimentos de forma clara e direta. “Quando você grita, eu me sinto confuso, porque não entendo o que você realmente quer dizer”.

Ajudar a criança a identificar suas necessidades:  por trás de seus sentimentos e comportamentos. “Parece que você está frustrado porque quer mais tempo para brincar”.

Encorajar pedidos claros e realizáveis, em vez de demandas. “Você pode guardar os brinquedos quando terminar de brincar?” em vez de “Pare de fazer bagunça agora”.


Demonstrar empatia ao ouvir a criança, reconhecendo seus sentimentos e necessidades. “Entendo que você está chateado porque não pode brincar agora. O que podemos fazer para que isso melhore mais tarde?”.

Foco nas soluções, não no conflito: Incentivar a resolução de problemas em conjunto, perguntando como resolver a situação em vez de impor punições. “Como podemos organizar seus brinquedos para que você ainda tenha espaço para brincar?”.

Ensinar a importância de a criança também ser compassiva consigo mesma, ajudando-a a reconhecer que erros fazem parte do aprendizado.

Esse tipo de comunicação não apenas melhora o comportamento da criança, mas também constrói uma base de confiança e respeito mútuo, essenciais para um desenvolvimento emocional saudável.

Estamos juntos!

Marcele Campos – Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver –

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