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Notícia de que criança morreu após tomar sorvete envenenado em Porto Real e Quatis é falsa

Por Cyntia Freitas
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AGULHAS NEGRAS

O delegado titular da 100ª Delegacia de Polícia (DP) Michel Floroschk desmentiu, na tarde desta quarta-feira, dia 16, a notícia de que uma criança morreu no Hospital São Francisco de Assis, em Porto Real, após comer um sorvete envenenado.

O boato tomou conta das redes sociais, principalmente dos grupos de WhatsApp, nos municípios de Porto Real, Quatis, Resende e Itatiaia, na Região das Agulhas Negras. Durante todo o dia, várias pessoas receberam mensagens sobre uma criança que havia sido envenenada nos municípios de Porto Real ou Quatis.

Em um dos áudios, um homem não identificado alertava para as pessoas não deixarem as crianças aceitarem sorvete ou doce de pessoas que estiverem oferecendo em um carro. “Se passar algum carro por aí dando sorvete ou doce para as crianças, não aceita não. Acabou de morrer uma criança aqui na Azevedo Lima, o soverte é envenenado”, dizia um dos áudios.

No outro, e uma mulher, também sem identificação, alegava que o filho de sua prima teria acabado de morrer após comer o sorvete. Ela pedia que a mensagem fosse compartilhada em grupos de WhatsApp para alertar outras pessoas. “Oi Kelly, vou te mandar um negócio aí, tá passando uma mulher de moto, dando açaí e sorvete para as crianças. Aí ele pegou e morreu. Tem sete crianças lá perto da casa da minha prima entre a vida e a morte. Tu repassa aí nos grupos, por favor, que você tiver aí”, falava a mulher.

Dois vídeos com bombons, supostamente envenenados, circularam pelas redes sociais. Em um deles, uma pessoa mostra um bombom com a embalagem completamente fechada. No outro, ele mostra o doce sem a embalagem, já partido e insinuando que ele estaria envenenado com chumbinho, produto comumente utilizado para matar ratos e que pode levar à morte rapidamente uma pessoa.

Segundo o delegado Michel Florosck, a notícia vinculada nas redes sociais e grupos de mensagens são faltas. “Pelo que a gente apurou, não temos nada de morte de criança nos hospitais dos dois municípios. É fake news que disseminaram”, disse o delegado.

Floroschk ainda explicou que quem for pego disseminando notícia falsa pode ser enquadrado no artigo 265 do Código Penal, colocando em risco o funcionamento do serviço público. “A Polícia Civil para de apurar fatos verdadeiros e passa a perder tempo, dinheiro para diligenciar uma informação falsa. É um crime contra a ordem pública”, contou Michel, informando que a pena pode chegar a cinco anos de reclusão.


A Secretaria de Saúde de Porto Real também confirmou que o caso de morte de uma criança por envenenamento é falso. “Tendo em vista que não houve nenhum caso de envenenamento no município, que tenha sido registrado recentemente, muito menos nessas condições, pode-se afirmar que tal informação é falsa. A Secretaria Municipal de Saúde pede, que, por gentileza, não repassem. Estamos atentos e, caso ocorra qualquer situação desse tipo, emitiremos um comunicado oficial”, alertou a subsecretária de Saúde, Ana Carla Carvalho.

Pessoas assustadas

A falsa notícia de que uma criança havia sido morta por envenenamento assustou os moradores da Região das Agulhas Negras. Um industriário, que trabalha em Porto Real, e pediu para não se identificar, disse que chegou a ligar para a mulher para avisar sobre o ocorrido. “Assim que saí para almoçar e recebi o áudio no celular, imediatamente liguei para minha esposa e pedi para ela alertar meus filhos. Sabe como criança é. Não pode ver doce e se bobear já pega”, disse o industriário.

Envenenamento de meninos na cidade do Rio

As trágicas mortes de dois meninos, um de seis anos e outro de sete anos, ocorridas no início do mês, em Cavalcante, na Zona Norte do Rio de Janeiro, podem ter sido o estopim para as notícias falsas veiculadas nesta quarta-feira na Região das Agulhas Negras. As crianças morreram após comerem bombons envenenados com chumbinho.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), uma mulher é suspeita de ter dado os doces às crianças.

As vítimas foram socorridas, levadas a unidades hospitalares, mas não resistiram. Uma das crianças morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Del Castilho, e o outro morreu após dez dias de internação. A perícia confirmou a presença de chumbinho nos órgãos das vítimas.

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