VOLTA REDONDA
Mesmo afastado temporariamente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o suplente Nelson Gonçalves (PSD) se reuniu, recentemente, com o secretário Estadual de Saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior para pedir que pelo menos uma parte do Hospital Regional, construído no bairro Roma, às margens da Rodovia Presidente Dutra, entre em funcionamento. O pedido foi aceito pelo secretário. A data ainda não foi definida por Luiz Antônio
Para Nelson Gonçalves, a medida vai ajudar a desafogar as filas nos hospitais da rede pública da região, especialmente do São João Batista, em Volta Redonda, para onde seguem a maioria das vítimas de acidente na Dutra. Embora a despesa da unidade hospitalar seja grande, Nelson acredita que a união dos municípios contemplados com o atendimento, ajudará na manutenção, sem falar da necessidade de utilização do prédio, que já está pronto, antes de sua deteriorização. “Sabemos que a demora no funcionamento desta unidade poderá provocar a degradação do prédio o que se tornaria mais um desperdício de dinheiro público, sem contar que nossa população sofre nas filas em busca de atendimentos médicos ou até mesmo a espera de exames e cirurgias”, ressaltou o deputado, que também é médico.
A fala de Nelson rechaça uma pesquisa anunciada nesta semana pelo Conselho Federal de Medicina, apontando que quase um milhão de brasileiros precisam fazer uma cirurgia e não conseguem. As filas de espera para quem aguarda por uma cirurgia chega, segundo a pesquisa, a até dez anos. A situação se agrava ainda mais por conta dos prazos entre os exames pré-operatórios e a realização da cirurgia, que geralmente não ficam prontos em tempo hábil. Dados da pesquisa apontam ainda que as cirurgias eletivas na rede pública, as que não têm muita urgência, somam 904 mil pessoas na fila de espera. Grande parte de catarata, hérnia, retirada de vesícula e de varizes. Embora esse número seja alto, o Conselho de Medicina acredita que o total de brasileiros que aguardam por uma cirurgia, seja ainda maior. Isto porque, alguns estados, entre eles, o Rio de Janeiro, não informaram dados sobre esse assunto.
Para o suplente de deputado, as pessoas passam por uma verdadeira maratona de exames e quando terminam, uns precisam ser feitos porque já venceram, o que provoca mais atraso na cirurgia.