RESENDE/RIO
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou nesta semana denúncia com pedido de prisão preventiva contra três criminosos pelo latrocínio do policial rodoviário federal Bruno Vazan Nunes, de Resende. O crime foi cometido em outubro de 2022, na Via Transolímpica, altura da Vila Militar, em Deodoro, Zona Norte do Rio de Janeiro.
De acordo com a denúncia da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada – Núcleo Rio de Janeiro, três homens, junto com outros comparsas não identificados, abordaram o veículo da vítima em um comboio para cometer um roubo. O policial não ofereceu resistência ao desembarcar do carro, momento em que um dos criminosos avistou o colete da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no banco traseiro do veículo e disparou contra Bruno.
Na tentativa de fugir, Bruno pulou a mureta que separa as pistas, mas caiu de uma altura de seis metros na Avenida Duque de Caxias, vindo a morrer no local. Durante a perseguição, um outro veículo onde estava uma mulher e uma criança foi atingido. Ela conseguiu correr e se proteger com o filho e não se feriram.
O ataque ao policial foi o terceiro crime cometido pelos acusados naquele dia, após já terem roubado dois veículos em Nilópolis, conforme detalhado na denúncia do MPRJ.
A Promotoria requereu a prisão preventiva dos três acusados por conta da extrema violência empregada no crime e para proteger as possíveis testemunhas. Os denunciados estão foragidos.
POLICIAL ERA DESTAQUE NA 7ª DELEGACIA DA PRF
Na ocasião do crime, por meio de nota, a PRF lamentou o ocorrido e manifestou solidariedade. “Desejamos que Deus dê conforto aos familiares, amigos e colegas neste momento de luto. O PRF Bruno Vanzan ingressou na instituição em 2004. Ele estava lotado na 7ª Delegacia, em Resende, onde sempre se destacou pela competência, eficiência e disponibilidade, durante o período em que exerceu suas funções”, informou no comunicado.
CONFRONTO APÓS A MORTE
Após a morte do agente, a polícia chegou a realizar operação policial na Vila Kennedy para tentar localizar os assassinos de Bruno. No mesmo dia, chegou a informação através do Disque Denúncia de que o veículo Nissan/kicks usado pelos criminosos envolvidos na morte do policial estava na comunidade do Chapadão, onde foi ateado fogo por cerca de dez marginais armados de fuzis. Outras informações chegaram, ainda segundo a PRF na época, dizendo que um dos assaltantes havia sido morto pelo próprio tráfico e o outro estava amarrado, aguardando o término da reunião da cúpula do comando vermelho para que fosse decidido sobre sua vida.
Diante das informações, as equipes seguiram em direção à comunidade, momento em que foram recebidas a tiros por cerca de 30 criminosos. Após o controle da situação, foram apreendidos 600 papelotes de crack, 622 pinos de cocaína, 149 frascos de Loló, 425 tabletes de maconha, uma pistola 380 com dois carregadores e 23 munições, uma pistola Taurus 9mm com cinco carregadores, sendo um deles estendido e 45 munições, e um carregador de fuzil 556.