Moradores da Fazenda da Grama cobram medidas sobre infestação de moscas nas residências

Por Roze Martins

Rio Claro

Um verdadeiro tormento. Assim os moradores da Fazenda São Joaquim da Grama, distrito de Rio Claro, definiram como tem sido as últimas semanas na localidade, onde os imóveis estão sendo invadidos por uma infestação de moscas caseiras. O problema, conforme relatam, vem acontecendo desde o ano passado, no entanto, se agrava em dias de chuvas e forte calor a ponto de interferir na qualidade de vida e na saúde da população, que não consegue se livrar das moscas nem mesmo durante as refeições.

Além deste incômodo, eles também ressaltam o risco desse tipo de mosquito contaminar os alimentos e disseminar doenças zoonóticas. O motivo da proliferação, conforme suspeitam, seria a proximidade de um criadouro de frangos, no local. O que segundo eles, também provoca muito mal cheiro. O morador da Fazenda da Grama, Carlos Justiniano Martins, de 61 anos, entrou em contato com o A VOZ DA CIDADE e enviou vídeos e imagens para denunciar a infestação das moscas. “Desde 2023 estamos sofrendo com uma infestação absurda de moscas caseiras, como nunca visto antes. Sabe-se que as moscas podem causar prejuízos, principalmente quando a infestação atinge os níveis que estamos vivenciando. Nós, os moradores da Fazenda da Grama, sabemos que existe criadouro de frango na redondeza e solicitamos que seja realizada uma investigação e apuração em locais que produzem grande quantidade de matéria orgânica, criação e abate de aves e animais, visto que além deste problema de saúde pública, somos obrigados a conviver também com um odor insuportável”, ressaltou Moraes.

O médico veterinário, Higor Frutuoso Landim, de 44 anos, tem uma propriedade na Fazenda da Grama, onde passa os fins de semana com familiares e amigos. Mas, segundo ele, tem sido insustentável ficar no local onde, ao longo dos anos, os moradores também vêm sofrendo com um forte mal cheiro.  “A minha propriedade é bem próxima ao criadouro e estamos vivendo uma situação onde a gente não consegue sequer fazer uma refeição. No carnaval eu estava com visita e as pessoas tiveram que ir embora porque qualquer alimento que se colocasse à mesa as moscas tomavam conta na hora. Não tem veneno que dá conta e estamos vivendo um cenário de guerra”, disse ele.

 

Riscos à saúde

Conforme destacou o médico veterinário, os moradores estão cobrando da Secretaria do Meio Ambiente de Rio Claro a investigação e fiscalização do que vem motivando a infestação das moscas, diante do risco à saúde a qual estão sendo expostos. Ele ressalta a capacidade desses insetos em transmitir doenças como miíase, verminoses, oncocercose e infecção intestinal.  “As moscas. através das patas, asas, abdome e fezes, contaminam os alimentos e disseminam doenças como, por exemplo, diarreias, queratoconjuntivite, salmoneloses, entre outras”, alertou o veterinário, ao acrescentar que os moradores apelam às autoridades competentes para que implementem medidas eficazes visando a erradicação das moscas e a preservação da saúde pública.

Em nota, enviada pela assessoria de comunicação, a Prefeitura de Rio Claro informou que já tem ciência do ocorrido e está tomando as devidas providências. A Secretaria de Meio Ambiente vai realizar inspeção nas instalações da empresa existente no distrito para verificar as razões do foco e tomar as medidas cabíveis (notificação, multa) e também receber um retorno da empresa.

Ainda na nota, a prefeitura disse que a gestão municipal tem consciência de que a proliferação de mosquitos no município não se dá apenas por este fato e tem trabalhado para a eliminação de todos os focos.

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