>
uss ead banner

Médico alerta que higienização é crucial para prevenir gastroenterite

Nos últimos dois meses, a UPA de Barra Mansa registrou aumento de casos de diarreia e vômito em pessoas de todas as idades

Por Roze Martins
a.cf.78.cidades.médico alerta que higienização é crucial para prevenir gastroenterite iam martins
bnr am aniv resende 970x150

BARRA MANSA

Episódios de vômitos e diarreia intensos. Esses são os principais sintomas de pacientes que, nos últimos meses, foram diagnosticados com a gastroenterite, um problema que, segundo o médico Ricardo Yuede, que é coordenador da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), pode ser prevenido por meio de medidas simples de higienização.

Na unidade, segundo ele, recentemente ocorreu um aumento significativo de casos principalmente nos dois últimos meses, provavelmente relacionado ao devido ao aumento das temperaturas e as ondas de calor.

Os casos de vômito e diarreia, segundo o médico, afetaram todas as faixas etárias, incluindo crianças, adolescentes e adultos. Conforme detalhou, há cerca de três meses o registro de gastroenterite era de cerca de 600 casos, passando para mais de mil no último levantamento, um aumento de cerca de 40%. A grande maioria deles é causada ou pela ingestão de água e alimentos contaminados, ou mediante agentes como vírus e até mesmo bactérias, que agridem o trato gastrointestinal e provocam a sintomatologia. “É importante dizer que a melhor forma de prevenir esses casos de gastroenterite é através da realização de medidas de higiene, como, por exemplo: lavar as mãos frequentemente, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro; higienizar os alimentos antes do consumo, assegurar que os alimentos sejam bem cozidos e a água ingerida tenha recebido o tratamento adequado para o consumo, além de atualizar a caderneta vacinal e evitar contato com pessoas doentes”, alertou o médico, ao acrescentar que também é importante evitar locais que tenham saneamento básico precário.

A cuidadora de idosos, Alessandra Oliveira da Cruz, de 45 anos, teve uma crise de gastroenterite há cerca de duas semanas. Ela contou que levou três dias para se recuperar dos episódios de diarreia que, conforme disse, eram seguidas de muita cólica abdominal. “Eu não consegui sair de casa para fazer nada porque, além de ter ficado muito fraca, as idas ao banheiro eram muito constantes. Procurei me hidratar bem, fazer uma alimentação leve e tomar remédios para recuperar a flora intestinal, mas foram dias tensos. Uma diarreia tão forte, que um dia não consegui chegar a tempo no banheiro. Isso nunca tinha acontecido comigo”, contou a cuidadora, ao ressaltar que o marido também teve gastroenterite, no entanto, que foi mais leve e apenas em um dia, e com vômito e diarreia. “Na minha casa, somos só nós dois, acredito que possa ter sido algo relacionado à água”, acrescentou.

A dona de casa, Patrícia da Silva Santos, de 42 anos, tem dois filhos, de três e 12 anos, e um deles precisou ficar em observação após um quadro de gastroenterite.


Segundo ela, todos na casa, incluindo ela e o marido, tiveram crises de diarreia e apenas o filho mais novo também teve vômito. “Por ser ainda bem pequeno, acredito que a imunidade dele é mais baixa e ele foi o que mais sofreu, teve que tomar medicação na veia e ficar de repouso no soro para melhorar. Ele não usa mais fralda, mas fui obrigada a comprar porque tinha tanta diarreia no primeiro dia que não dava para chegar no banheiro. Na escolinha dele, outras crianças também tiveram os mesmos sintomas”, contou Patrícia, ao relatar que no dia em que levou o filho ao pronto-socorro, há cerca de uma semana, outras crianças também estavam em observação pelo mesmo quadro.

Sintomas dependem da causa da infecção

Os sintomas da gastroenterite podem variar de leves a graves, dependendo da causa e do nível de infecção. Os mais comuns incluem: diarreia líquida, náuseas e vômitos, dores abdominais e cólicas, febre baixa e fraqueza ou fadiga. Eles apareceram entre o primeiro e o terceiro dia após a contaminação e podem durar até uma semana.

Já as causas da gastroenterite podem estar associadas a diferentes tipos de agentes infecciosos, sendo os mais comuns os vírus, como o rotavírus e o norovírus, responsáveis pela maioria dos casos de gastroenterite. São infecções com alto índice de contágio que podem se espalhar em ambientes fechados, como escolas e creches, de forma muito rápida. Bactérias e parasitas também podem provocar a doença. “Dependendo da infecção, vai ter paciente que vai ter vômito e diarreia juntos, ou então só vômito, ou diarreia. É comum ter casos assim”, disse.

Alimentação deve ser balanceada após crise

Conforme ressalta a nutricionista Roberta Almeida, é fundamental, após o tratamento e recuperação da gastroenterite, o paciente retornar gradativamente a uma dieta completa e balanceada, incluindo alimentos, como frutas com casca, legumes, vegetais crus e folhosos e laticínios com baixo teor de gordura, para prevenir a carências de nutrientes importantes para a saúde. “As pessoas que passam por crises muito fortes de gastroenterite tendem a ficar com receio de se alimentar e passar mal novamente. Mas, é importante ressaltar que elas não podem ficar sem comer nada, até porque isso pode levar a um quadro de desidratação. Além disso, para repor os minerais que podem ser perdidos durante as crises também é importante a ingestão de soro caseiro ou sais de reidratação oral, uma recomendação que vale tanto para crianças, quanto para adultos”, orientou.

 

 

você pode gostar

Deixe um comentário

Endereço: Rua Michel Wardini, nº 100

Centro Barra Mansa / RJ. CEP: 27330-100

Telefone: (24) 9 9974-0101

Edição Digital

Mulher

Últimas notícias

Jornal A Voz da Cidade. Todos direitos reservados.

Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com o uso de cookies. Aceitar todos