AGULHAS NEGRAS
O polo automotivo do Sul Fluminense tem empresas situadas em Porto Real, Resende e Itatiaia. Ao longo dessa região, estão instaladas empresas como montadoras, fabricantes de peças e itens diversos para veículos. O Sul Fluminense também é cortado pela malha ferroviária da MRS, o que dá à empresa a oportunidade de se posicionar como uma solução logística eficiente.
Numa simulação feita pela empresa, considerando uma operação de in bound, ou seja, o transporte de motores, peças e acessórios dos veículos que chegam ao Porto do Rio de Janeiro para serem encaminhados às linhas de montagem, a adoção do transporte ferroviário em parte do trajeto pode gerar uma redução média de 44% na emissão de CO2, por exemplo. O resultado foi aferido por meio da Calculadora de CO2, ferramenta desenvolvida pela MRS.
Na simulação, foram considerados aproximadamente 4 mil contêineres por ano para transporte da carga. Para o transporte exclusivamente rodoviário, haveria emissões de 68 kg de CO2 por contêiner/ano. Para o intermodal, com a participação do transporte ferroviário, seriam emissões de 37 kg de CO2 por contêiner/ano. Dessa forma, para a simulação realizada, a redução aproximada bruta seria de 120 toneladas de CO2/ano, considerando a transição do modal exclusivamente rodoviário em relação ao intermodal.
Além disso, a ferrovia oferece outras vantagens como índice quase nulo de furto de cargas e de acidentes. “Nossos argumentos de venda têm seguido essa abordagem e os potenciais clientes estão percebendo ganhos como redução de custos, previsibilidade no atendimento e redução de emissões de CO2. A oferta de soluções ao polo automotivo do Sul Fluminense está se estruturando e o próximo passo é prospectar mais clientes na região ao longo de 2020”, explica o analista Comercial Caio Gomes.