ANGRA DOS REIS
No dia 19 deste mês a juíza Monalisa Renata Artifon, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Angra dos Reis, decidiu absolver o atual prefeito Cláudio Ferreti do processo da operação Cartas Marcadas, que aconteceu há quase 20 anos. O processo foi iniciado em 2007 pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para investigar quadrilha que fraudava licitações na área da construção civil em Angra dos Reis.
Na sua decisão, que ainda cabe recurso, a juíza destacou que não há provas que justifiquem qualquer condenação de Ferreti, que à época, era secretário de Obras. “Não há comprovação inequívoca de que ele (Ferreti) tenha recebido vantagem indevida enquanto ocupava o cargo de secretário municipal. Nenhum dos diálogos interceptados denotam que ele estava envolvido ou tinha ciência dos esquemas de corrupção levados a cabo pelos réus”, disse.
Ao comentar a sentença, Ferreti afirmou que a Justiça foi feita. “Sempre afirmei que nunca tive qualquer envolvimento com o caso e essa decisão vem corroborar isso. Sou servidor público há 40 anos, comprometido com a ética e a transparência”, disse o prefeito de Angra.
Segundo a defesa de Ferreti, a acusação não comprovou fatos narrados na denúncia. Afirmou, ainda, que os trechos citados pelo Ministério Público não são capazes para dar suporte à condenação do réu e que as provas colhidas encontram sustentação apenas no inquérito policial. A acusação foi baseada em interceptações telefônicas e depoimentos da fase investigativa do inquérito.
O processo segue em curso para outros citados no esquema denunciado pelo MPRJ.