NACIONAL
O brasileiro João Fonseca, atual 24º do ranking mundial, irá iniciar 2026 com um calendário extenso e obrigatório, definido pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) após sua entrada no grupo dos 30 melhores do mundo. A nova condição obriga o atleta a disputar pelo menos oito dos nove torneios Masters 1000 do ano, além de cinco ATP 500, um deles obrigatoriamente após o US Open.
A agenda de Fonseca já inclui participações confirmadas no ATP 250 de Adelaide, preparatório para o Australian Open, e no Rio Open, único torneio ATP 500 da América do Sul. O cumprimento dessas metas é condição para a manutenção de seu status no top-30, sob risco de perda de pontos ou multa em caso de descumprimento.
A temporada de 2025 marcou a consolidação de João Fonseca como uma das promessas do tênis mundial. Aos 19 anos, o carioca conquistou dois títulos da ATP, incluindo o ATP 500 de Basileia, sua maior vitória até agora. Fonseca terminou o ano empatado com nomes como Novak Djokovic e Casper Ruud em número de troféus.
Apenas cinco jogadores venceram mais torneios que ele no circuito: Carlos Alcaraz (8 títulos), Jannik Sinner (5), Alexander Bublik (4), Felix Auger-Aliassime (3) e Luciano Darderi (3). O triunfo na Suíça foi a maior conquista de um tenista brasileiro desde 2001, quando Gustavo Kuerten levantou o troféu do Master 1000 de Cincinnati.
Impacto na aposta esportiva
O desempenho de João Fonseca em 2025 teve reflexo direto no mercado de aposta esportiva, especialmente nas plataformas licenciadas no Brasil. De acordo com dados da KTO, o brasileiro foi o tenista que mais atraiu apostas na plataforma durante o ano, concentrando 1,58% de todas as apostas individuais em jogadores de tênis e 2,06% do volume total de apostas na modalidade.
Três das quatro partidas mais apostadas de 2025 envolveram João: contra Lorenzo Sonego (no Australian Open), Jack Draper e Hubert Hurkacz (em Roland Garros). A presença constante do atleta em torneios de destaque, aliada ao crescimento de sua popularidade, consolidou o “efeito Fonseca” dentro do cenário das apostas esportivas.
O interesse em seus jogos reflete tanto o bom desempenho esportivo quanto a ascensão do tênis no mercado de aposta esportiva, que vem registrando aumento consistente na participação do público brasileiro.
Segundo o último levantamento divulgado pela KTO, o tênis foi o segundo esporte mais popular em aposta esportiva no Brasil durante o mês de agosto, com 6,23% dos usuários ativos e 7,02% do total de apostas realizadas. A modalidade ficou atrás apenas do futebol, que concentrou mais de 88%. O valor médio apostado por evento de tênis gira em torno de R$ 83,76, segundo o relatório da plataforma.
A tendência é que o protagonismo de Fonseca continue a impulsionar o segmento, especialmente com o calendário intenso de 2026 e a presença garantida em torneios de grande visibilidade, reforçando o vínculo entre performance esportiva e comportamento de aposta responsável.
Novas regras para aposta esportiva
O bom momento para o tênis nacional acontece em meio a mudanças relevantes na regulamentação da aposta esportiva no país. Desde janeiro, apenas as empresas autorizadas pelo Ministério da Fazenda podem operar de forma legal no Brasil.
A licença vem acompanhada de várias exigências, que visam criar um ambiente ordenado e seguro e responsável para os apostadores. Uma determinação é para que as transações sejam feitas exclusivamente por Pix, transferência bancária ou cartão de débito, proibindo o uso de crédito, boletos ou criptomoedas.
A mesma norma também fixou prazo máximo de 120 minutos para o pagamento de prêmios e impôs a criação de contas transacionais em bancos autorizados, separadas do patrimônio das operadoras. As empresas do setor devem ainda manter reserva mínima de R$ 5 milhões em títulos públicos, reforçando a segurança financeira e a rastreabilidade das operações.