ITATIAIA
O prefeito Irineu Nogueira sancionou na quinta-feira, dia 13, a Lei n° 1.480. O texto institui no município a campanha, nas escolas das redes públicas e privadas da cidade, para prevenção e conscientização quanto ao uso de cigarros eletrônicos por crianças e adolescentes. De acordo com o governo municipal, o objetivo da legislação é prevenir e conscientizar sobre os riscos do cigarro eletrônico, alertando sobre as doenças que podem ser adquiridas com o uso do tabaco aquecido.
A Lei n° 1.480 estabelece que “entende-se como cigarro eletrônico um dispositivo com o formato de um cigarro convencional ou caneta, que contém uma bateria, geralmente de íon-lítio, e um depósito onde é colocado um líquido concentrado de nicotina, que é aquecido e inalado, pode ser conhecido também como vape, smoke, e-cigarrete ou tabaco aquecido”.
A campanha prevista no dispositivo sancionado poderá promover atividades que incluam palestras, debates, materiais educativos, produção de painéis, além da distribuição de cartilhas e outros tipos de material informativo, nas dependências das escolas, alertando sobre os malefícios do uso do cigarro eletrônico. “Os detalhes da Campanha, assim como seu conteúdo e formato, poderão ser coordenados pela Secretaria Municipal de Educação”, diz o texto.
O secretário de Saúde de Itatiaia, Guilherme Amaral, chama a atenção para o fato de que, apesar de os índices de consumo de cigarro estarem caindo desde o começo do atual século devido a políticas e leis que buscaram reduzir o hábito, os especialistas seguem alertando para dados que mostram que eles voltaram a subir com a chegada dos cigarros eletrônicos.
Dados da Organização Mundial de Saúde alertam para os males do uso da nicotina em pessoas menores de 20 anos. Adolescentes que usam esses dispositivos têm mais riscos de se tornarem fumantes na vida adulta. A Secretaria de Saúde de Itatiaia informa que os principais riscos para o usuário de cigarro eletrônico é de contrair câncer, além de doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. “Um estudo da IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), realizado no ano passado mostrou que 2,2 milhões de adultos (1,4%) consumiram os dispositivos eletrônicos até 30 dias antes da pesquisa. Há seis anos atrás, o índice era de 0,3% entre a população. Neste contexto ganha ainda mais força a importância de campanhas de prevenção e conscientização”, disse Amaral.
