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IPCA-15 tem deflação de 0,07% em julho,  redução da conta de luz e alimentos influenciam

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Considerado a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), teve queda de 0,07% para o mês de julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice continuou em desaceleração na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,04% para junho. Em julho de 2022, o IPCA-15 foi de 0,13%.Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 3,19% na janela de 12 meses.

O economista e docente da Estácio, Eduardo Amendola,  explica que o IPCA é um índice que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços, representando a inflação oficial no Brasil. “Ele é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é amplamente utilizado como referência para reajustes de preços, contratos e investimentos. O IPCA reflete a variação de preços ao consumidor em um determinado período e é composto por uma cesta de produtos e serviços representativa dos gastos das famílias brasileiras”, explica.

Ainda de acordo com ele, no contexto financeiro, a taxa tem relevância significativa no Brasil, desempenhando papéis importantes em nosso dia a dia, afetando diferentes aspectos econômicos e financeiros. “O IPCA influencia o poder de compra da população e o reajuste de contratos, requerendo uma análise cuidadosa para o planejamento financeiro. Portanto, estar ciente dessas taxas e seus efeitos é fundamental para tomar decisões conscientes e gerir adequadamente as finanças pessoais. Acompanhar a variação do IPCA, índice que reflete a inflação oficial do país, é importante para ajustar o planejamento financeiro. Contratos reajustados pelo IPCA, investimentos indexados a ele e o impacto no retorno devem ser avaliados”, detalha.

MAIS DADOS

De acordo com o IBGE, o item que trouxe principal impacto negativo para indicador foi a redução dos preços de energia elétrica residencial (-3,45%), após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho.

Quatro dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram queda no mês, com maior variação vinda do grupo de Habitação (-0,94%). Além da redução da conta de luz, o resultado é consequência da queda de preços do botijão de gás (-2,10%).

No início do mês, a Petrobras decidiu reduzir em 3,9% o preço do gás de cozinha, o GLP, para as refinarias, levando o preço do botijão de 13kg para R$ 31,66 antes de impostos, e lucro das distribuidoras e revendedoras.

Mas também teve resultado importante para a deflação no mês vindo do grupo de Alimentação e bebidas (-0,40%), que foi puxado para baixo com resultados benignos do subgrupo de alimentação no domicílio (-0,72%).


A divisão é altamente influenciada pelo preço dos alimentos básicos, como o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%).

Variação dos grupos em julho

Alimentação e bebidas: -0,40%; Habitação: -0,94%; Artigos de residência: -0,40%; Vestuário: 0,04%; Transportes: 0,63%; Saúde e cuidados pessoais: 0,07%; Despesas pessoais: 0,38%; Educação: 0,11%; Comunicação: -0,17%.

Grupo de Transportes volta a acelerar

O principal motor de alta de preços no mês de julho veio do grupo de Transportes (0,63%), que teve maior avanço nos valores da gasolina (2,99%). Sozinho, o combustível trouxe impacto positivo de 0,14 p.p.de todo o IPCA-15.

No mesmo dia da redução do gás de cozinha, a Petrobras também anunciou redução de 5,3% dos preços da gasolina para as refinarias. Acontece que a diminuição de valor não tem chegado às bombas por conta da reinserção de impostos na cadeia produtiva.

Os estados fizeram mudanças no formato de cobrança do ICMS desde o início de junho, elevando os preços em parte das UFs. Além disso, o governo federal aumentou, novamente, impostos federais sobre gasolina e etanol no início de julho. O aumento do PIS/Cofins foi de R$ 0,22 por litro no caso do etanol e de R$ 0,34 por litro da gasolina.

Por outro lado, o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação na prévia da inflação e balancearam o subgrupo de combustíveis. Com esses resultados, houve alta de 2,28% em julho.

Por fim, destacam-se também os preços do automóvel novo (-2,34%) e o automóvel usado (-1,05%). As reduções ainda são efeitos residuais do programa do governo federal para dar descontos no carro zero. A estimativa do governo é que, ao todo, 125 mil veículos tenham sido vendidos, parte deles ainda no início de julho.

 

 

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