NACIONAL/SUL FLUMINENSE
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e já eram esperados (IBGE), divulgados na quinta-feira, dia 10, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial no país fechou o mês de outubro em 0,59%. Sendo assim, depois de três meses em queda, a inflação oficial brasileira voltou a subir após três meses consecutivos de deflação, ou seja, inflação negativa. Nas cidades da região, os consumidores também já estão sentindo esse reajuste no setor alimentação.
Ainda de acordo com o IBGE, a alta foi puxada pelo grupo de alimentos, como batata que subiu 23%, além do tomate, 17%. Além dos alimentos, neste mês houve ainda um recuo menor no preço dos combustíveis, 1,27%, se comparado ao mês anterior, de 8,5%. Para economistas, o resultado já era esperado, uma vez que o IPCA-15, divulgado no último dia 25, já apontava essa tendência.
Ainda segundo os dados do IBGE, o resultado foi puxado pelo grupo de alimentação e bebidas, que teve alta de 0,72%. Itens diversos do setor de alimentação no domicílio ficaram com os preços bem mais altos, como a batata-inglesa em 23,36% tomate 17,63% cebola 9,31% frutas 3,56%.
INSATISATISFAÇÃO
As donas de casa são as que mais seguem insatisfeitas com os preços altos. Entre elas, está Maria das Graças Duarte, de 47 anos, localizada pela reportagem do A VOZ DA CIDADE em um supermercado no bairro Aterrado, em Volta Redonda. A dona de casa declarou que está cansada de tanto correr atrás de promoções nos supermercados e hortifrútis. Lembrou ainda que a cada dia que vai ao supermercado os preços estão mais altos. “Ontem, o preço da batata estava R$6,99 e hoje R$9,99. É um absurdo. E não é só a batata, o tomate também está com preços variados todos os dias. Um dia custa R$4,99, no outro R$7,99 e outro R$9,99. É o fim do mundo. Dinheiro curto e alimento caro”, reclamou a mulher.
Outra que também está sentindo no bolso o preço alto dos alimentos é professora Telma Duarte Figueiredo, de 44 anos. Disse que há vários meses a batata só entra em sua casa quando está na promoção, como também o tomate, a banana e a cenoura. “Fico de olho e só compro quando está na promoção. É de assustar. Um quilo de tomate a R$9,99 e tem dias que está muito mais caro. Tá difícil”, frisou a mulher, lembrando que até o chuchu, que sempre foi baratinho, está com o preço alto.
É importante ressaltar que, ainda de acordo com os dados do IBGE, no ano, o IPCA acumula alta de 4,7% e, nos últimos 12 meses, de 6,47%. A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, variando entre 2% e 5%.