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INB conclui mais uma exportação de urânio para a Argentina

Por Idel Pinheiro
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RESENDE

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) concluiu com êxito a terceira exportação de urânio enriquecido a 4,15%, na forma de pó de UO2, para a Argentina. A carga saiu no dia 7 de maio da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende, e foi entregue a Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar) nesta segunda-feira, dia 11.

A operação resultou de um esforço logístico integrado, com o envolvimento de instituições federais, estaduais e municipais, como Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Itamaraty, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ministério de Minas e Energia, Ministério da Justiça, Polícia Rodoviária Federal (PRF), e foi coordenada pelo Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICC-N), em Brasília, de forma que as informações do transporte rodoviário estiveram atualizadas e disponíveis em tempo real durante o percurso. Técnicos da INB responsáveis pela segurança física e radiológica acompanharam todo o trajeto até a Argentina.

Esta é a terceira vez que a INB exporta urânio  enriquecido para a Argentina

O contrato que estabeleceu esta exportação foi assinado em janeiro de 2018 e o combustível é destinado ao uso no reator nuclear de Atucha  e no reator modular Carem-25. Esta é a terceira vez que a INB exporta urânio  enriquecido para a Argentina, tendo o primeiro envio ocorrido em novembro de 2016 e o segundo, em agosto de 2018. Já existe a previsão de entrega de um quarto lote, que deve ser exportado no final deste ano ou no início de 2021.


Para o presidente da INB, Carlos Freire Moreira, o sucesso desta operação, realizada em um momento extremamente complexo devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), evidencia o alto nível técnico e a dedicação dos profissionais da empresa e também do setor nuclear do País. “A retomada das exportações para a Argentina representa, não só para a  INB, como para o Brasil, a demonstração clara de que o País está no caminho certo na busca de se tornar, no futuro, um player no mercado mundial de urânio. O Brasil, com as reservas de urânio que possui e o domínio completo do ciclo do combustível, pode e deve utilizar essa riqueza em prol do bem-estar da sociedade. Buscando sempre exportar com o maior valor agregado possível”, afirma.

A INB, em parceria com a Marinha do Brasil, detém o domínio de todo o ciclo do combustível  nuclear, o que insere o Brasil no seleto clube dos países que possuem grandes reservas de urânio e dominam a tecnologia do enriquecimento isotópico para fins pacíficos, com potencial comercial.

Freire destaca, ainda, o empenho e profissionalismo dos empregados envolvidos no processo, desde a fabricação, negociação e transporte do material. “Essa conquista só foi possível graças ao planejamento, esforço e dedicação dos profissionais envolvidos, demonstrando todo um trabalho de equipe  altamente comprometida no alcance das metas e compromissos  da empresa”.

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