FLÓRIDA/EUA
O piloto brasileiro e bicampeão da Fórmula Indy, Gil de Ferran, morreu nesta sexta-feira, dia 29, aos 56 anos, após sofrer uma parada cardíaca na Flórida, nos Estados Unidos, segundo informações da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Ferran estava em um clube privado de automobilismo e chegou a ser levado a um hospital da região, mas não resistiu.
Trajetória vitoriosa
Filho do engenheiro mecânico francês Luc de Ferran, Gil nasceu em Paris, na França, e chegou ao Brasil aos quatro anos de idade. Ele iniciou a trajetória no automobilismo no kart, com apenas cinco anos.
No fim dos anos 80 e início dos anos 90, após sucesso na Fórmula 3 Britânica e na Fórmula 3 Internacional 3000, ele foi testado na Arrows para correr na Fórmula 1. No entanto, as chances foram ceifadas após cair de cabeça perto do motorhome. Sem chances na Fórmula 1, Ferran migrou para a Fórmula Indy e construiu uma história de sucesso na categoria. Em 1995, venceu a última corrida da temporada, em Laguna Seca, e recebeu o prêmio de novato do ano pela Hall/VDS.
Em 1997, assinou com a Walker Racing e, logo no primeiro ano, foi vice-campeão. O bom desempenho na equipe, apesar do número reduzido de vitórias, rendeu um acordo com a Penske, que tinha o compatriota Hélio Castroneves. Logo na primeira temporada, em 2000, Gil de Ferran foi campeão da Fórmula Indy. No ano seguinte, foi bicampeão da categoria pela equipe e chegou em segundo lugar nas 500 milhas de Indianápolis.
Nota da Confederação Brasileira de Automobilismo
A Confederação Brasileira de Automobilismo recebe com profunda tristeza a notícia do falecimento, nos Estados Unidos, do piloto brasileiro Gil de Ferran, na tarde desta sexta-feira, 29.
Aos 56 anos, completados no dia 11 de novembro, Gil foi vítima de um enfarto em um clube privado de automobilismo, localizado em Opa Locka, na Flórida. Socorrido prontamente, foi levado para um hospital da região, mas não resistiu.
Gil de Ferran brilhou nas pistas brasileiras e internacionais, com destaque para o título inglês de Fórmula 3, o bicampeonato na Indy (sob a bandeira Cart) e a vitória na Indy 500 de 2003. Venceu também como piloto e dono de equipe no Endurance estadunidense. Atualmente, atuava na equipe McLaren como um de seus diretores.
Em meu nome e de toda a família CBA, rogamos a Deus para que receba nosso irmão com todas as glórias e ampare sua família, amigos e milhões de fãs em todo o mundo.
– Giovanni Guerra –
Presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo