PARATY
Ação conjunta realizada ontem pelas policiais Civil e Militar resultou na prisão de Geraldo Soares de Oliveira Júnior, conhecido como ‘Junior Santista’ ou ‘Parça’. Segundo informações do delegado titular da 167ª Delegacia de Polícia, Uriel de Alcantara Machado, ‘Parça’ é gerente geral do tráfico de drogas no bairro Ilha das Cobras, foragido desde agosto/2017. Ainda segundo a autoridade policial, o homem possuía três mandados de prisão em seu desfavor.
Uma das jovens que foi espancada e tive o cabelo raspado – Foto: Divulgação
O delegado conta que Junior Santista foi um dos responsáveis por executar as ordens determinadas para a decapitação de um homem na Ilha das Cobras ano passado e aparece em fotografias espancando e cortando o cabelo de uma adolescente, em fato vinculado a mesma ação, havendo mandado de prisão em aberto pelo homicídio e tortura.
“Ele foi encontrado em uma casa no Pouso da Cajaiba e com ele apreendido um revólver calibre .38, sendo lavrado prisão em flagrante pela posse da arma”, disse o delegado.
“Logo que as equipes chegaram ao local, encontraram uma residência onde dois homens, identificados posteriormente como irmãos, dormiam na varanda, sendo anunciada a presença da polícia e determinado que levantassem. Um dos homens agarrou com as mãos o fuzil de um policial, tentando virar em sua direção, sendo neste momento realizado alguns disparos”, contou Uriel, explicando que, apesar de atingido, o agressor continuou na ação tentando tirar o fuzil do policial, sendo necessário que o policial sacasse sua pistola da cintura enquanto tentava segurar o fuzil com a outra mão, efetuando disparo que então cessou a agressão.
“Outro homem, posteriormente identificado como pai dos irmão, saiu da casa com um facão nas mãos, foi em direção a outro policial com intuito de atingi-lo, que efetuou um disparo, atingindo-o nas pernas, não cessando a agressão, sendo necessário outro disparo”, expos o policial.
Uriel explica que não existe relação entre os dois fatos e a diligência teve como único objetivo capturar Junior Santista. Eles responderão inicialmente por crime de resistência e tentativa de lesão corporal, devendo ser intimados após deixarem o hospital, para esclarecerem os motivos que os levaram a entrar em luta corporal com os policiais, “não obstante a possibilidade de responderem por crimes mais graves e ser apurada eventual envolvimento em outros ilícitos”, completou.
O delegado esclarece que o homem preso não foi mandante da decapitação, ele foi responsável por orquestrar a ação, que foi determinada por um dos donos do tráfico, de dentro do presídio. “O inquérito que investigou estes crimes foi concluído ano passado e identificou 20 traficantes que participaram da ação”, finalizou o delegado Uriel de Alcântara.