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Grupo de WhatsApp é criado para ajudar vítimas de chuva no Siderlândia

Por Carol Macedo
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BARRA MANSA

Depois das enchentes que atingiram diversos pontos em Barra Mansa, no ultimo sábado, 18, cinco igrejas do Siderlândia, que é um dos bairros atingidos pelas cheias, se mobilizaram para ajudar a população local. E, para que fosse possível organizar as doações, um residente da comunidade resolveu criar um grupo no WhatsApp onde as igrejas se organizaram para saber a real necessidade da população e para que outros que desejam ajudar, possam se comunicar. Para participar do grupo, o telefone para contato é o (24) 9 9201-9213.

As igrejas que participam da ação solidária são as Metodistas Wesleyana no Cantagalo, Metodista Wesleyana na Suinã, Igreja Pentecostal Projeto de Deus, Comunidade São José Operário, Igreja Filadélfia e Monte Moriá. No bairro, toda a rua principal, José Gonçalves Rebola, foi inundada pelas águas, e, desde domingo, 19, as igrejas começaram a ajudar oferecendo auxilio e alimentação. No entanto, ao começarem a receber as doações, houve desorganização sobre quem já tinha ou não recebido à contribuição e se a doação era destinada realmente para quem precisava.

Por conta disso, Matheus Além, que mora há 28 anos no bairro e é ex-presidente da associação dos moradores, decidiu juntar todas as igrejas em apenas um grupo para que pudessem começar a realizar um cadastro das famílias que precisavam de ajuda e assim destinar as doações corretamente. “Alguns recursos estavam indo para pessoas que não precisavam, até mesmo pessoas que nem foram atingidas pelas chuvas, depois do grupo, conseguimos ter um controle maior”, contou.

O bairro já recebeu ajuda de vários pontos da cidade e até mesmo de Volta Redonda. O gerenciador do grupo contou também que apesar de terem  recebido muitas doações, nem tudo serve para as famílias. “Aquilo que não doarmos aqui, destinaremos para outros lugares que foram afetados pelas chuvas. Mas ainda precisamos muito de roupas, materiais de limpeza e higiene, cobertores e roupa de cama”, disse.


Matheus ainda explicou como está sendo feito o gerenciamento das doações. “As igrejas realizam os cadastros dos moradores, com nome, endereço e telefone para contato. A pessoa informa quais itens ela precisa e nós entregamos na residência, mas também verificamos se realmente essa pessoa precisa dessa doação”, contou, completando que no grupo participam também pessoas que querem doar e não sabem como. “Nós também buscamos as doações na residência dos doadores”, afirmou.

CAMPANHA MÓVEIS SOLIDÁRIOS

Segundo Matheus, as ações realizadas são emergentes, mas quando a maré alta passar, a intenção é começar uma nova campanha. “As pessoas que puderem doar, irão doar. Mas essa campanha também permitirá a venda de móveis. O vendedor dará o valor que ele quer e nós informamos o valor que tal família pode oferecer”, ratificou, explicando ainda que outro projeto em mente é o apoio social. “Queremos trazer para o bairro psicólogos que possam ajudar as pessoas a seguirem em frente”, resumiu.

Na próxima sexta-feira, 24, o grupo da ação solidária irá ao bairro Morada Verde para arrecadar doações de material de limpeza e de higiene pessoal. “Já realizamos uma campanha de sensibilização no local e depois iremos para buscar os itens. A intenção é montar kits para entregar às famílias”, concluiu.

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